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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Dia de campo mostra cultivares mais produtivas

 

O dia de campo apresentou variedades como o Curió, que permite a colheita 20 dias mais cedo do que as cultivares existentes no mercado.

 

Um dia de campo sobre feijão promovido pelo polo regional do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) de Pato Branco, com o apoio da unidade local da UTFPR e Emater. Esta capacitação teve como objetivo promover um debate sobre cultivares e manejo da cultura do feijão, com informações técnicas sobre cultivares, manejo de pragas, rotação de culturas e manejo de fertilidade. Pesquisadores das instituições parceiras falaram sobre as tendências do agronegócio a importância do feijão, principalmente agora, com a proibição da safrinha de soja.
Os doutores Alceu Luiz Assmann e Tangriane Assmann, que voltaram dos Estados Unidos recentemente, onde participaram de programas de pós-­doutorado, abordaram no treinamento a rotação de culturas, manejo e fertilidade. Segundo dra. Tangriane, o feijão volta com força total. “Neste sentido temos que ter opções de escolha para que seja possível uma rotação adequada, fortalecendo a fertilidade do solo, reduzindo o uso de adubo e protegendo nossas lavouras de doenças”. É preciso utilizar a natureza a favor da produção, reduzindo o uso de adubo e agroquímicos, principalmente neste momento em que o dólar está nas alturas. 

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Rotação de cultura
“A gente defende uma adubação sistêmica, isto é, usa o milheto antes do feijão, potencializando o que esta cultura vai deixar no solo, para que o feijão utilize”. Na visão da pesquisadora é preciso aprender com o passado, “por mais que uma cultura esteja dando retorno econômico no curto prazo, o agronegócio precisa de pensamento no longo prazo, onde as monoculturas provocarão quem sabe até o comprometimento total de determinadas culturas, como a soja, por exemplo”. Tangriane disse que a proibição da safrinha é um avanço para o agronegócio, e embora ocorram  perdas neste momento, o futuro provará que esta foi a medida mais acertada para os sojicultores. 

Pesquisa lança variedades precoces, mais produtivas e resistentes ao Mosaico Dourado

O coordenador do polo regional do Iapar em Pato Branco, João Ari Will, destacou que a pesquisa está apresentando alternativas para ocupar o vazio da soja. O feijão é uma alternativa rentável, e o Iapar tem trabalhado muito no melhoramento genético do feijão, apresentando cultivares produtivas e resistentes à doença. “Neste ano internacional das leguminosas, o Iapar está chegando à cultivar de número 200, lançada no mercado, justamente uma nova variedade de feijão 10% mais produtiva”.  
A pesquisadora do Iapar,  Juliana Sawada Buratto apresentou no dia de campo variedades como o IPR Curió, que reduziu o ciclo em praticamente 20 dias, de 90 para 70 dias já é possível colher o Curió. “
É uma variedade precoce e resistente, com excelente produtividade, que permite ao produtor entregar este produto mais cedo no mercado, e com isso conseguindo também maior rentabilidade”, afirmou. 
Existem ainda outras cultivares, como o “Inhambu”, com produção 10% maior que as outras existentes no mercado. Outro material que também está se destacando é o “Quero Quero”, com potencial produtivo de 4 mil quilos por hectare e excelente sanidade. ” Este ano vamos lançar a Cultivar IPR Celeiro pelo Iapar, um feijão com tolerância ao Mosaico Dourado, que preocupa o produtor aqui do Sudoeste, uma notícia que trazemos em primeira mão aqui no dia de campo em Pato Branco”.

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