O diretor de investimentos da Sanepar, João Martinho Canto Reis Júnior, rebateu as críticas feitas pelo deputado estadual Nereu Moura (PMDB) no plenário da Assembleia Legislativa. Em entrevista ao JdeB, por telefone, Martinho disse que a alteração nos valores da tarifa da companhia é necessária porque os custos com energia elétrica que eram a segunda maior despesa anualmente, neste ano passarão a ser a primeira.
No ano passado a Sanepar gastou R$ 200 milhões com as contas de luz e neste ano os gastos aumentarão mais R$ 180 milhões totalizando R$ 380 milhões. O diretor de investimentos explicou que para bombear a água ou esgoto é preciso de energia elétrica.
Ele disse que “a Sanepar, como toda empresa de saneamento, tem reajuste da tarifa anualmente. O reajuste é feito no início do ano e o índice tem que cobrir os custos do setor ao longo do ano inteiro. Quando há um aumento maior de custos, a companhia se obriga a solicitar ao Instituto Águas do Paraná – agência regulardora – o reajuste. Isso não está acontecendo somente com a Sanepar, outras companhias também estão tendo que pedir aumento nos valores das faturas.
Martinho disse que a energia elétrica teve um aumento de 88% “fruto de uma política nacional (de energia) inadequada, estas dificuldades nacionais estão elevando os custos de todas as empresas”.
O diretor acrescentou que a Sanepar assumiu parte dos custos destes aumentos a outra parte ficará para os consumidortes. “Sempre tentamos minimizar os reajustes para o consumidor”, disse.
Em relação às críticas de Nereu Moura, Martinho alegou que possivelmente o deputado não saiba estas informações. Para Martinho, o parlamentar foi “precipitado” ao fazer as críticas.
A legislação, segundo o diretor da Sanepar, prevê que em casos extraordinários as empresas de saneamento possam solicitar aumentos. “Não adianta medidas demagógicas senão vai ter que fazer lá na frente”, justificou.
Diretor da Sanepar diz que despesas com energia elétrica vão aumentar em R$ 180 mi
