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Francisco Beltrão
terça-feira, 03 de junho de 2025

Edição 8.217

03/06/2025

Diretores somem e Coophamar deixa revolta entre moradores que ficaram na mão

Segunda pela manhã, os proprietários de imóveis reuniram a imprensa para esclarecer a situação.

Cerca de 30 moradores compraram os terrenos, mas não conseguem a transferência dos imóveis por conta das irregularidades da cooperativa.

Foto: Adolfo Pegoraro/JdeB

A ideia de cooperativas habitacionais é muito boa, mas na região Sudoeste do Paraná os exemplos não são nem um pouco positivos. Já aconteceu com a Cohabel, em Francisco Beltrão, que teve que fazer chamada de capital com os cooperados para fechar as contas, e agora está acontecendo o mesmo com a Coophamar (Cooperativa Habitacional de Marmeleiro). O fato é que cerca de 30 proprietários de terreno, com seus comprovantes e documentos, não estão conseguindo transferir os imóveis devido às irregularidades da cooperativa. Os diretores sumiram e não dão respostas quanto ao seguimento do Loteamento Coophamar 4, que ainda não entregou os terrenos e a infraestrutura.

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“Em 2014 eu fui na cooperativa e me ofereceram um lote. Em 7 de março de 2014 eu paguei uma quantia de 45 mil reais, mais 50 reais de taxa de inscrição. Eu não tenho até hoje o lote. A cooperativa foi fechada, os administradores não estão mais, e hoje eu pago aluguel e não tenho terreno. Queremos a nossa terra, estamos cobrando agilidade da justiça”, comenta Juliana Santos, uma das moradoras.

“Estamos esperando um resultado da justiça, todos nós pagamos o terreno. Está tudo muito demorado na justiça. Enquanto isso, estamos pagando aluguel, quando poderíamos estar construindo a nossa casa”, diz Maria Angélica Gamla, outra moradora.

“Quando você quer construir a sua casa, a gente quer sair do aluguel. Aqui é uma região boa, que está se desenvolvendo. Já pagamos o terreno, agora estamos cobrando uma posição da justiça, pois não temos ainda a escritura do imóvel”, diz Washington de Oliveira, também proprietário do imóvel.

“Precisamos envolver a Prefeitura, Fórum, Câmara de Vereadores e a Cophamar para resolver essa situação. Precisamos nos unir em prol dessas famílias, que estão pagando aluguel”, diz o vereador Pedro Pastoriza, que esteve presente apoiando as famílias.

“Eu sou representante das famílias. A gente pleiteou uma rescisão contratual para receber o montante que foi pago para a cooperativa. Agora, depois de muito tempo, ainda não houve o acordo. Nada impede que seja feito um acordo. Hoje são cerca de 30 famílias, envolvendo valores de aproximadamente R$ 2 milhões”, diz Luiz Burile, advogado das famílias.

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