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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

DV: Estacionamento Rotativo completa dois meses com grande aprovação da comunidade

Os motoristas estão adaptados à utilização dos parquímetros, a grande novidade do Estar em Dois Vizinhos.

 

Elizete Alves Talau com seu filho Arthur Talau. 

Sábado, 8, o Estacionamento Rotativo (Estar) completou dois meses de funcionamento em Dois Vizinhos. As facilidades do sistema, em que a pessoa não precisa ir até o agente para comprar cartões e validar o estacionamento, e a quantidade de vagas são as principais qualidades do Estar apontadas pelos usuários. “Antes do estacionamento, eu não conseguia vagas aqui na frente da Prefeitura. Tinha sempre que andar três ou quatro quadras. Agora está mais tranquilo. Para mim, o estacionamento está aprovado”, avalia Silvio Augustin Hass. Ele destaca que, antes, muitas pessoas deixavam o carro durante todo o dia em vagas próximas aos locais de trabalho e isso prejudicava quem precisava estacionar. “Agora, esses carros migraram para ruas laterais.” 

Elizete Alves Talau também aprova o sistema. “Tá muito bom. Antes não conseguia achar vagas. Agora tem em todos os lados e é muito tranquilo usar o parquímetro”, afirma. Eurides Peretto concorda. “Na primeira vez, eu me perdi com as flechas que indicam o parquímetro, mas peguei o jeito fácil. Agora tem vaga em todos os lugares e isso é muito bom”, comemora. Ele ressalta que, em muitos casos, ‘ganhou’ tempo de estacionamento nos parquímetros. “Várias vezes eu cheguei e a vaga estava paga.” 
O prefeito Raul Isotton (PMDB) destaca o avanço alcançado com a adoção do sistema. “Eu vejo que é positivo porque hoje temos uns seis pontos que não têm Estar e as pessoas estão solicitando que a gente implante. Muita gente está pedindo para chegar na Cidade Sul. Esse foi um investimento e tem que se pagar. Claro que temos usuários que não concordam, mas isso é normal. Também temos as ligações de gente de fora, nos procuram para saber como foi a implantação e parabenizando nosso sistema. Estamos muito felizes”, declara. 
A diretora do Conselho Municipal de Trânsito (Cmutran), Elaine Stalbaum, também está satisfeita com o andamento do estacionamento rotativo: “Pela quantidade de pessoas de fora que estão vindo e pedindo sobre o nosso sistema, a gente vê que deu certo. Muita gente fala que, em outros municípios, o sistema é mais complicado porque precisam procurar o agente para comprar o cartão e não ficar irregular. Aqui eles ficam admirados por não precisar do agente”. 
Nos próximos dias, algumas mudanças vão acontecer no sistema e uma coisa é certa: serão instaladas mais vagas para motos. “Estes 60 dias foram uma espécie de teste. Já avaliamos o sistema e percebemos, por exemplo, que é necessário ampliar o número de vagas para motos. Vamos ter algumas mudanças, alguns ajustes, por motivos de reivindicação da população que utiliza nosso sistema. Temos os estudos, mas só usando, diariamente, conseguimos ver as reais demandas e os problemas”, explica Elaine. 
O prefeito destaca que o motorista está mais disciplinado. “Uma coisa que eu percebi, em algumas ruas que não têm parquímetro, como as pessoas estão mais educadas. Por exemplo, em uma rua, eu contei 17 motos todas estacionadas organizadas. Isso não acontecia antes. No entorno do Estar, temos que sinalizar essas ruas onde se criou esse costume. Esses dias também percebi que as pessoas estão respeitando as vagas de idosos e deficientes”, observa.

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Investimentos chegaram a R$ 300 mil
O Estar custou para os cofres públicos cerca de R$ 300 mil. “Só nas máquinas, para a implantação, se investiu R$ 130 mil. Nós temos também a sinalização vertical, que deu R$ 98 mil, mais a sinalização horizontal, que foi uns R$ 40 mil, a contratação dos agentes, concurso e tudo mais. Não é uma implantação barata”, diz Elaine.
Quanto à arrecadação, a diretora ressalta que ainda não se tem um padrão. “Visualizamos que o uso de moedas aumentou no segundo mês. A venda dos bottons teve um declínio porque a grande maioria já tem. A avaliação financeira a gente só vai conseguir fazer com três, quatro meses, porque ainda estamos no pico. Não podemos fazer uma média. O Cmutran é bem transparente, temos um custo permanente, como do agente, do parquímetro, gráfica e toda a manutenção e o que sobra vai repor o investimento inicial”, acrescenta. 
O custo mensal do Estar chega a R$ 50 mil. “Temos o custo dos agentes, a parte administrativa e dos parquímetros. A estrutura do Estar gerou a contratação de oito agentes de trânsito, quatro no administrativo, além de mim e outros dois que fazem a manutenção dos parquímetros, que a própria empresa, que é de Cascavel, contratou. Foram gerados 15 empregos”, completa. A expectativa é conseguir pagar todo o investimento em um ano. 

O pioneiro Silvio Augostin Hassa gostou do sistema.

 

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