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Francisco Beltrão
sexta-feira, 13 de junho de 2025

Edição 8.226

14/06/2025

Em Dois Vizinhos, 84% dos empresários votaram pelo retorno das atividades

A Associação Empresarial de Dois Vizinhos (Acedv/CDL) fez pesquisa com os seus associados para definir se voltariam ou não a atender na segunda-feira, 30. A volta ao trabalho terá diversas normas a serem seguidas.

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Uma reunião, na sexta-feira, definiu as normas para o retorno. Foto: Assessoria.

 

Na manhã de sábado, 28, o prefeito de Dois Vizinhos, Raul Isotton (MDB), o presidente da Associação Empresarial de Dois Vizinhos (Acedv/CDL), Edilberto Minski, e o secretário de saúde Edson Spiassi se pronunciaram, em cadeia de rádios, sobre a reabertura do comércio na próxima segunda-feira, 30.

Durante a entrevista, o presidente da entidade empresarial, enfatizou que a volta ao trabalho será consciente, seguindo diversas medidas de segurança e foi aprovada por 84% dos sócios. “Apresentamos uma pesquisa, onde tivemos 84% de votos favoráveis a retomada, a abertura de forma consciente. Sabemos que alguns, pelo fato de já terem dado férias coletivas, não devem retomar a atividade. Temos grandes empresas de tecnologia, que continuam com os colaboradores em casa, então acreditamos que teremos uma retomada que vai chegar a 60-70% no máximo baseada nos números que nós temos. Conversamos com os responsáveis da saúde, com o secretário de saúde, com os médicos, para entender quais seriam as melhores condições e vamos apresentar nossa cartilha formulada pelos associados para toda a comunidade em geral”, disse Minski.

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Ele destacou que todos os empresários vão ser fiscalizadores. “As empresas precisam criar boas práticas para conter o vírus. Nós também temos medo do coronavírus, mas somos responsáveis pelos empregos que geramos. Não temos nenhum amparo legal, caso algum funcionário seja demitido. Se não recolher o INSS ou FGTS, nós somos os responsáveis. Se deixarmos de pagar qualquer tributo, somos responsabilizados. Se não gerar, não vamos oferecer condições para o governo aplicar dinheiro em saúde que é a grande dificuldade que estamos tendo. Em contrapartida, não estamos só preocupados com o nosso bolso. Um grupo de empresários se reuniu, conversou com a saúde, os núcleos setoriais já fizeram várias doações e temos essa consciência e temos uma vaquinha on-line para captar recursos e oferecer melhores condições de saúde. Estamos participando, discutindo, orientando e volto a enfatizar: não é um retorno desenfreado, é uma volta consciente”, completa.

Ele disse que os empresários foram parceiros do poder público desde o primeiro decreto. “Em momento nenhum, eles foram críticos em achar que a medida era errada. Eles foram críticos no sentido de que nós podemos criar plenas condições de trabalho para todo mundo. O que fizemos, nos últimos dias, quando começamos entender a matemática do vírus e, antes mesmo de tomar a decisão e apresentar ao município, criamos uma cartilha de orientações que devem ser tomadas para que o impacto social e econômico seja mínimo”, conclui.

 

Muitas reuniões

O prefeito Raul Isotton destacou que a decisão foi tomada depois de muita conversa. “A reunião da Amsop teve muita discussão, os prefeitos ainda estão bastante preocupados. Existe uma pressão por parte do comércio, em todo Brasil, não deixa de ser interessante porque envolve a economia, o emprego, a sustentação das famílias. Temos muitas recomendações, não vamos baixar a guarda e pedimos para as pessoas continuarem em casa, não sair sem necessidade. Vamos manter as barreiras sanitárias, continuar a cuidar com aglomerações, não vai ser liberado eventos, jantares, canchas de bochas, igrejas sem culto e sem missa (podendo estar abertas, mas sem aglomeração), sem festividades noturnas/tarde, como danceterias e clube de idosos. Não vamos retomar as aulas, as creches continuam no mesma linha que estamos atuando, a situação é complicada”, completa o prefeito.

 

Dados econômicos

Minski ressaltou alguns dados econômicos da semana em que o comércio ficou paralisado. “A informação mais rápida que temos, mais pontual, são das operadoras de cartão de crédito. Nessas informações que tivemos, nossa economia já teve retração de 60% nessa semana. Vamos fazer uma análise futura, se nessa primeira semana já tivemos esse impacto de 60%, o setor de departamentos já recuou 75%. São informações que buscamos para apresentar junto a saúde e o executivo e buscar esse entendimento. Não estamos forçando a reabertura. Quem julgar que tem a condição de ficar mais alguns dias fechado, pode manter. Estamos dando condições dentro de números que temos e tentando voltar conscientemente. O impacto já foi minimizado, essa primeira ação de quarentena já ajudou bastante, ontem, 27, quando definíamos as ações, foram apresentados  mais dois casos negativos e isso nos deixa muito feliz. Neste momento, essa ação é a melhor a ser tomada”, explica.

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