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Francisco Beltrão
terça-feira, 27 de maio de 2025

Edição 8.213

28/05/2025

Em Eneas, cooperativismo transformou a agricultura familiar

 

Atual equipe de colaboradores da Cresol de Eneas Marques: Marina Galvan, Elizete
Canton, Rogério Tomkiel, Elisângela Coelho, presidente Ilário Kaupka e Giseli Rolonetto.

 

“É bom de ir para o interior porque a gente vê a diferença, o associado está melhor, o desenvolvimento da agricultura familiar nos últimos anos tem sido muito grande, os produtores estão mais organizados e mais cautelosos com o crédito”, afirma, com orgulho, o agricultor Ilário Kaupka, presidente da cooperativa de crédito Cresol de Eneas Marques. Nos últimos anos, a agricultura familiar, principalmente, deu um salto de desenvolvimento no município e, segundo Ilário, a participação do cooperativismo foi fundamental.

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Sobre o incentivo e programas de habitação rural, o presidente lembra-se dos primeiros passos tímidos há alguns anos e da evolução rápida. “Começamos com algumas casas, depois em parceira com o sindicato fizemos outras tantas e a mudança nos últimos cinco ou seis anos foi extraordinária, uma evolução de mais de 500%. Casas novas, estrebarias, tratores novos, plantel de animais muito bons, carro novo, pastagens bem assessoradas e sistemas de produção bem trabalhados, tudo isso faz parte do dia a dia das propriedades de nosso município”, comemora.

O presidente também orgulha-se em relembrar o desenvolvimento que a cooperativa teve desde o início. “Há oito anos, quando a cooperativa iniciou as atividades, nós sonhávamos em um dia alcançar a marca de 500 associados. Neste ano, o quadro social já ultrapassou 900 associados, totalizando mais de R$ 14 milhões em ativos e metas superadas ano após ano. Estamos crescendo muito acima do que planejamos”, conta.

Exemplos inesquecíveis
Ilário nunca se esquece de um caso específico que aconteceu com um associado. “A Cresol acompanhou essa história em 2009, quando oferecemos uma casa para uma família associada. A renda deles, do leite, era uns R$ 100 por mês. Da casa, subsidiada, eles teriam que pagar apenas o financiamento de R$ 5 mil em parcelas de R$ 72 mensais. 

A família se preocupou que não conseguiriam pagar. Nós incentivamos, orientamos eles e hoje a família tira R$ 12 mil de leite por mês, tem uma casa nova, estrebaria nova, trator novo, no mesmo terreno de 10 hectares que tinham naquela época. Com aquele incentivo da casa, a família voltou aos eixos, precisou esse empurrãozinho. E como esta, mais de 300 famílias se desenvolveram dessa forma”, conta.

Para o presidente, a diferença transformadora teve o incentivo da Cresol, “que veio atender esse público muitas vezes não atendido por outras instituições financeiras. É preciso conhecer a realidade da família, estar lado a lado, sugerir, colaborar para que o associado e a cooperativa cresçam juntos”. “Evoluímos, saímos de R$ 200 mil de capital para R$ 2,3 milhões hoje, mas não conseguimos acompanhar o mesmo ritmo de muitas famílias, que se desenvolveram muito mais”, acrescenta.

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