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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Em meio a pandemia, zeraram as denúncias de abuso sexual a crianças e adolescentes

Dado precisa ser analisado com frieza, pois muitas vezes os abusadores são da família e a denúncia parte de professores nas escolas, que estão fechadas.

O dia 18 de maio é marcado, nacionalmente, por simbolizar as ações de combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Em outros anos, atos nas ruas de Dois Vizinhos marcavam a data. Em 2020, em meio a pandemia de coronavírus, o Conselho Tutelar usou a criatividade: foram distribuídos panfletos em estabelecimentos comerciais e residências para orientar a população sobre o assunto. Vale ressaltar que os participantes utilizaram máscaras e tomaram todas as medidas de distanciamento como forma de prevenção à Covid-19.

O material educativo buscou fazer com que as famílias reflitam sobre os cuidados que os responsáveis precisam ter para proteger as pessoas que convivem, tanto a nível de saúde, de educação ou de vínculo com a família e a comunidade. As campanhas socioeducativas visam prevenir situações de violência e também identificar situações de risco para encaminhá-las para atendimento adequado.

O dia nacional foi instituído porque em 18 de maio de 1973, uma menina, de 8 anos, foi sequestrada, violentada e cruelmente assassinada no Espírito Santo. Seu corpo foi encontrado carbonizado seis dias depois do desaparecimento e os agressores nunca foram punidos. A partir do ano de 2000 – com a publicação da Lei Federal nº 9.970 – o dia 18 de maio passou a ser conhecido como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes e marca a mobilização para o enfrentamento a todas as formas de violência praticadas contra crianças e adolescentes. “A data é pensada para chamar atenção, sensibilizar a sociedade e ajudar nesse combate. Temos uma rede de proteção que está cada vez mais estruturada. Contamos com o apoio de várias entidades e atores sociais preocupados que se reúnem mensalmente e fazem análises dos casos. Chegamos a ter quatro casos por semana relatados em Dois Vizinhos, número que baixou para dois casos por semana antes da pandemia e estão zerados agora. Vale lembrar que estatísticas nacionais dão conta que, a cada caso que é relatado, existem outros oito casos escondidos e temos conseguido reduzir com parcerias, principalmente das escolas, onde o vínculo das crianças com os professores faz com que se perceba os sinais e façam denúncias”, disse Claudiovani Correa, secretário de Assistência Social.

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Ele ressaltou que um problema é que, durante a pandemia, muitas crianças estão expostas aos agressores e precisam de apoio da sociedade através de denúncias. “Temos estatísticas mostrando que em nove de cada dez casos o abusador é muito próximo da família. Nesse momento, onde as crianças ficam mais tempo em casa, podem estar mais expostas, mas infelizmente, diminuíram as denúncias porque, em muitos casos, a denúncia vinha através da escola. Pedimos para quem perceber qualquer sinal de abuso, entre em contato através do disque 100 ou 181 e as denúncias são totalmente anônimas”, conclui Claudiovani. Outra forma de denúncia pode ser também no Creas, Conselho Tutelar, Polícia Militar ou a qualquer órgão público, para que este acione as autoridades competentes.
*Com informações da Assessoria.

Parte da equipe que participou da entrega dos panfletos.

 

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