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Francisco Beltrão
sexta-feira, 06 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Em Salto Caxias, 15 anos de trabalho ficaram debaixo d’água

 

Um lado da via precisou ser pavimentado novamente
devido aos estragos causados pela água.

 

 Jacir Martins, da comunidade Salto Caxias, tem sua residência na parte mais alta do morro, porém, a estrutura da sua propriedade agrícola fica próximo à margem do Rio Iguaçu. O agricultor acredita que seus prejuízos com a enchente passam de R$100 mil, pois perdeu gado, galpão, mangueira e uma casa mobiliada, onde não morava ninguém, mas servia para apoio na hora do trabalho. 

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Ele chegou à propriedade por cima do morro para poder soltar o gado, para que pudesse salvar a maioria. No outro dia, fez o mesmo caminho e viu toda a estrutura debaixo d’água. “Dá uma vontade de chorar, foi tudo o que a gente construiu. Somos agricultores e batalhamos 15 anos. Era uma propriedade bonita e, agora, veja, foi tudo abaixo”, declara Jacir, desiludido.

Agora, a família de Jacir, um pouco mais conformada, vê todo o milho que perdeu e espera o que a Copel irá fazer. “Meu irmão Alcides mora pra frente da minha casa, e a dele estragou todos os móveis, mas não chegou a arrancá-la como esta aqui (mostra a residência da propriedade).”

Barro e lama por todo o lado 
No Centro Comunitário de Barra do Quieto é possível ver os capins pendurados no beiral do teto, o que mostra até onde a água chegou. Por toda a parte, nas comunidades próximas aos rios Iguaçu e Cotegipe, é possível ver os estragos, a lama e as marcas de barro quase na copa das árvores. 

De acordo com relatos dos moradores, com a abertura das comportas da Usina Hidrelétrica Salto Caxias, a água passava pelos vertedouros com grande velocidade e assim provocava grandes ondas. Algumas pessoas afirmaram que havia ondas com mais de dois metros de altura. Quem passa pela região, consegue observar nas árvores as marcas de barro deixadas pela inundação. 

O esforço das famílias é para reconstruir a vida e ter acesso à indenizações pelos estragos. A administração pública de Nova Prata do Iguaçu realizou na sexta-feira, 27, reunião com os vereadores e com os atingidos para apresentar os danos do município e procurar meios de encontrar soluções para a situação. 

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