Setor agropecuário lidera os índices do Produto Interno Bruto.
No ano em que celebra os 50 anos de emancipação política e administrativa, Eneas Marques tem mais um motivo para comemorar. Conforme a administração municipal, Eneas Marques tem a segunda melhor renda per capita no Sudoeste do Paraná. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registram o PIB do município em pouco mais de R$ 101 milhões, sendo o PIB per capita R$ 16.756,89. Aliados à renda per capita, fatores como longevidade e nível educacional ainda dão ao município o 4º lugar no Índice de
Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM).
Conforme dados do último relatório sobre Produto Interno Bruto (PIB), referente a 2011, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em Eneas Marques, o setor agropecuário é o que mais movimenta a economia local, seguido pelo setor de serviços e, por fim, indústrias. No setor agrícola, o município tem se destacado muito na produção de aves de corte, leite e suínos.
Para o diretor do Departamento Municipal de Administração, Paulo Heinz, não há dúvida de que “este sucesso se deve aos gestores que estiveram frente à administração e, de forma inteligente, souberam criar oportunidades para o enriquecimento da população, tanto na área urbana como na zona rural, considerando que o município é composto em sua maior parte de pequenas propriedades, e estas estão a cada dia se tornando autossustentáveis”.
Conforme o prefeito Maikon Parzianello (PSDB), a situação é “reconfortante” e o município está em franco desenvolvimento. “Mesmo que suas características são de pequenas propriedades, são bem administradas por verdadeiros empresários do setor rural. Precisamos continuar melhorando, enquanto Poder Público, fazer nossa parte, apoiando a todos no comércio, na indústria e também na agricultura, melhorando as estradas, propiciando saúde e educação de qualidade a todos, pois acreditamos que estamos no caminho certo”, aponta.
Roteiro de crescimento
Conforme a administração, houve um tempo em que foi preciso melhorar muito a estrutura viária, para que os pequenos agricultores pudessem escoar com facilidade sua produção. Aos poucos os agricultores foram diversificando suas atividades. A base era o plantio de milho, feijão e produção de suínos. “Com melhorias na infraestrutura, a BRF incentivou muitos agricultores a produzir frangos e perus, considerando a boa trafegabilidade no interior. Nesta mesma época ocorreu uma queda na rentabilidade da suinocultura, mais uma razão para que diversos suinocultores migrassem para a avicultura, setor que não parou de crescer, e hoje o município conta com cerca de 180 aviários instalados”, comenta Paulo Heinz.
Para a instalação do entreposto da Parmalat, em 1997, a administração da época se preocupou em capacitar os futuros produtores de leite, onde surgiu o 1º Festleite. Na sequência, os produtores, motivados, foram se profissionalizando e percebendo que era perfeitamente viável à produção de leite, que seria um meio de sobrevivência nas pequenas propriedades. Atualmente, várias propriedades ultrapassam a marca de mil litros de leite produzidos diariamente.
Conforme Paulo, muitas empresas também fizeram a diferença no desenvolvimento do município, como o caso das indústrias Follem e Prestatti, que geram aproximadamente 300 empregos diretos, além de outros 300 indiretos, bem como a empresa Pandolfi Madeiras, com algo em torno de 150 empregos diretos e outros 100 empregos indiretos, e o Grupo Wessling, com um significativo número de empregados na área de transportes.
Outro fator relevante, conforme Paulo, é a mão de obra feminina. “Na esfera municipal, estadual e federal, são mais de 500 trabalhadores, dos quais pelo menos 80% são mulheres e que, sem dúvida, têm expressivo salário.
Há ainda no município duas indústrias de confecções, a Luiz Eugênio e a Craciela Nazário, que juntas empregam em torno de 100 pessoas, sendo 90% mão de obra feminina. Esses empregos resultam uma fatia considerável na renda familiar”, destaca o diretor de Administração. O desenvolvimento tem gerado enorme falta de mão de obra e, segundo o prefeito Maikon, “se hoje uma família viesse a residir em Eneas Marques e o casal se dispusesse a trabalhar, com certeza dentro de no máximo uma semana estaria empregado e, o que é mais importante, com renda superior a R$ 2 mil”.