A técnica reduz o desperdício e permite o reaproveitamento de, praticamente, tudo no canteiro de obras.

Genézio Espindola ainda não fechou as contas da sua obra, mas acredita que vai utilizar cerca de 80% menos de cimento,
50% menos em ferro, sem falar na madeira que será reaproveitada na cobertura.
O tijolo ecológico é um modelo que promove impacto ambiental positivo na construção civil, reduz o consumo de materiais na área de construção com conceitos sustentáveis que são aplicados desde sua fabricação até a aplicação na obra. A técnica reduz o desperdício e permite o reaproveitamento de, praticamente, tudo no canteiro de obras.
Genézio Espíndola, engenheiro militar aposentado, está construindo uma nova casa no sítio utilizando o tijolo ecológico, e praticamente de forma autodidata, utilizando sua experiência militar de engenheiro.
A casa terá 200 metros² e está sendo construída para o filho Patrik, que passará a morar no sítio. Genézio tem sido autodidata na técnica construtiva, claro que facilitado pela experiência do engenheiro militar.
Mas ressalta que qualquer pessoa pode construir uma casa assim. “O tijolo ecológico surpreende pela simplicidade na técnica construtiva para a montagem da casa, na minha obra eu reaproveito os materiais com a madeira da caixaria, que agora vou perfilar para fazer as tesouras do telhado”, conta.
Os tijolos um a um vão sendo encaixados, e sem o uso de argamassa. Genézio usa cola branca comum e garante que a resistência obtida é igual ou maior que as paredes tradicionais. A técnica utiliza concreto apenas nas fundações e em pequena quantidade para as amarrações em relação à maneira tradicional.
Outras vantagens do tijolo ecológico
Outra vantagem do uso do tijolo ecológico é sua qualidade térmica. Em cada tijolo é aplicada uma força de compressão de quatro toneladas no processo de fabricação. “A indústria fabrica esse tijolo num processo diferente do convencional cerâmico que vai ao forno”, explica o engenheiro militar.
O resultado final no canteiro de obras é uma construção mais rápida, limpa e até 40% mais barata que os métodos tradicionais. “As vantagens são várias do ponto de vista ambiental, dando maior qualidade térmica e acústica que deixam a casa mais confortável”, argumenta Genézio Spindola.
Os tijolos possuem furos em sua estrutura que permitem a passagem da instalação hidráulica e elétrica, que evitam o quebra-quebra das paredes para a passagem das tubulações.
Espindola ainda não fechou as contas da sua obra, mas acredita que vai utilizar cerca de 80% menos de cimento, 50% menos em ferro, sem falar na madeira que será reaproveitada na cobertura.
No final da obra, o Jornal de Beltrão voltará à casa para ver o resultado final da construção, Genézio tem certeza que o trabalho ficará perfeito.