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Francisco Beltrão
quarta-feira, 04 de junho de 2025

Edição 8.218

04/06/2025

Estado fixa prazos para resolução de pendências da Usina Baixo Iguaçu

 

O chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, em reunião com representantes do Ministério Público, Copel, Neoenergia e MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens). Presentes, o deputado estadual Nelson Luersen, o secretário especial para Assuntos Fundiários, Hamilton Serigheli e o procurador do MP, Olympio de Sá Sotto Maior. 

 

 A Neoenergia, responsável pela construção da usina Baixo Iguaçu, tem até a próxima segunda-feira, 19, para responder se aceita pagar indenizações das terras que serão inundadas pela hidrelétrica com base em um estudo de áreas feito por técnicos da Copel na região.
Além disso, a empresa terá até o dia 5 de outubro para adquirir ou apresentar o compromisso de compra de uma área que pode ser usada para relocação de agricultores atingidos. Três opções foram apresentadas pelo grupo que representa os atingidos aos representantes do consórcio. As terras ficam em Catanduvas, Toledo e Corbélia.
Este foi o resultado da reunião realizada ontem, 14, em Curitiba, e presidida pelo chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, para mediar os conflitos em relação à construção da hidrelétrica, localizada entre os municípios de Capitão Leônidas Marques e Capanema.
“Confio no bom senso e que a empresa cumprirá os prazos. Não temos mais tempo, por isso estamos cobrando definições”, disse Rossoni. “Eu preciso fixar uma data. Mas eu tenho feito tudo com a decisão do plenário. Saio da reunião mais otimista do que quando entrei”, completou Rossoni.
O encontro teve a presença do procurador Olympio de Sá Sotto Maior, do Ministério Público do Paraná, da defensora pública Camile Costa e dos deputados estaduais Luiz Claudio Romanelli e Nelson Luersen, além de executivos da Neoenergia e representantes dos proprietários de terras que serão atingidas.

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Arbitragem
Caso a empresa não aceite os valores apresentados para o pagamento de indenizações, a sugestão é levar o tema para a arbitragem de um órgão isento. O julgamento deverá levar em conta valores apurados tecnicamente pela Copel, Neoenergia, Secretaria da Agricultura e Abastecimento e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

Convênio
Outro assunto resolvido na reunião foi a formalização de um convênio para que o grupo que participa das negociações em nome dos produtores atingidos pela usina Baixo Iguaçu recebam uma subvenção do consórcio responsável pela obra para contratar apoio jurídico e suporte de agrônomo ou técnico agrícola, além de pagar despesas logísticas.

 

“Momento agora é de expectativa”

O Jornal de Beltrão contatou Sidney Martini, um dos agricultores atingidos pela obra, que participou da reunião. Ele afirma que o dia foi essencial por retomar as negociações que estavam paradas. Nas palavras dele, a empresa acatou as exigências, “ainda que meio a contragosto, porque eles não demonstram querer resolver a situação”.
Ele relata que na reunião o Governo do Estado pediu uma solução, sob pena de, caso a indenização não seja paga, voltar a decretar a paralisação das obras. “O momento agora é de expectativa para ver se a empresa vai mesmo atender as exigências. Estamos contentes com a decisão, mas ainda temos dúvidas se ela vai ser cumprida, tanto da parte da empresa quanto do governo”, disse o agricultor.

Reunião de ontem em Curitiba contou com presença da empresa Neoenergia,
futuros atingidos pela barragem da usina, Ministério Público, Defensoria Pública e entidades.

 

 

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