Conclusão do Sebrae destaca “imprescindibilidade da implantação dessa unidade de porto para toda a região do Sudoeste”.

Lideranças reunidas para ouvir sobre o estudo.
Foto: Assessoria
Lideranças de Santo Antônio do Sudoeste receberam na tarde da última quarta-feira, o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) para a implantação da Estação Aduaneira de Interior (Eadi), o Porto Seco. O estudo feito pelo Sebrae/PR traz todos os indicadores técnicos e financeiros que apontam a “imprescindibilidade da implantação dessa unidade de porto para toda a região do Sudoeste do Paraná”.
No EVTE, que foi coordenado pelo consultor do Sebrae Naido Vedana, são abordados importantes dados sobre a região, corredores logísticos, volumes de importação e exportação, fluxos de caminhões e empresas do setor instaladas na região. “As características e condições estruturais tornam Santo Antônio do Sudoeste um ponto estratégico para um porto seco, seja pela sua localização, na fronteira com a Argentina e junto a um dos principais corredores de escoamento da produção no País, a BR 163”, destacou Vedana.
Para o prefeito Zelírio Peron Ferrari (MDB), o estudo mostrou que o porto seco é viável e será responsável para impulsionar o desenvolvimento e a integração na região de fronteira, já que os indicativos apontam para a possibilidade de instalação de cerca de 45 novas empresas ligadas ao setor, gerando mais de 200 empregos, movimentando cerca de R$ 70 milhões de reais em faturamento e R$ 15 milhões em tributos. “Além da geração de oportunidades com a vinda de novas empresas, novos empregos, movimentação do comércio local, vai ampliar a arrecadação para o Estado e será importante para a Codapar e para os municípios da fronteira”, afirmou.
O gerente do Sebrae/PR Regional Sul, Cesar Giovani Colini, destacou que o Sudoeste do Paraná é uma das regiões com maior expressão no comércio exterior, fator que impulsiona a efetivação do porto seco de Santo Antônio. “Dos 42 municípios que integram o Sudoeste, em 29 deles tem operações de comércio exterior, ou seja, praticamente 70% dependem de portos para praticar suas atividades empresariais”, afirmou Colini.
Próximos passos
Após a apresentação do EVTE, as lideranças se reuniram para definir os próximos passos, que preveem a solicitação da permissão junto à Receita Federal do Brasil para que a Codapar e o município administrem o porto seco. “Agora vamos juntar todas as documentações e manifestações de apoio e de interesse das empresas que poderiam passar por este porto seco, e protocolar junto à Inspetoria da Receita Federal a nossa intenção de operar essa Eadi aqui”, disse o diretor técnico operacional da Codapar, Sinval Tadeu Amaral Reis.
O porto seco é um terminal alfandegário de uso público, localizado em uma zona terrestre.
O local oferece serviços de desembaraço, entrepostagem, desova, movimentação de contêineres e mercadorias em geral, destinadas à importação ou exportação.
O evento foi acompanhado por lideranças do território que compreende o Núcleo de Santo Antônio do Sudoeste — com Pranchita e Pérola D’Oeste —, consultores do Sebrae/PR e da Codapar e empresários do setor.