Faep alerta para risco de aftosa em países vizinhos
Paranavaí ? Os pecuaristas paranaenses, cujo rebanho soma 9,7 milhões de cabeças, devem continuar em estado de alerta e se esforçarem ao máximo para imunização de 100% do rebanho porque a doença, embora não ocorra há oito anos no Paraná, continua ameaçando países vizinhos. Recentemente, foram descobertos focos no Paraguai. Ainda é uma ameaça real no norte da Argentina.
Este alerta foi feito ontem (24), em Paranavaí, pelo presidente da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), Ágide Meneguette, ao lembrar fazer o Estado fronteira com os dois países que ainda enfrentam as repercussões da aftosa em seus rebanhos. “Não dá para descuidar. A vacinação e a vigilância devem continuar,”advertiu.
Publicamente, Meneguette pediu ao governo do Estado, na presença do vice-governador e secretário da Agricultura e do Abastecimento, Orlando Pessuti, a contratação de mais técnicos visando reforço da defesa sanitária, A preocupação é com postos de divisas e fronteiras, pelos quais há maior risco de retorno da aftosa em território paranaense.
Segundo Meneguette, ser o Estado reconhecido área livre de aftosa ? desde maio de 2.000 ? foi um grande passo. “Mas, não é tudo. Precisamos conservar esta condição sanitária favorável e demonstrar ao mercado possuir o Paraná sistema confiável de vigilância e defesa,”asseverou.
Ao fazer apelo para imunização de 100% do rebanho paranaense, o presidente da Faep observou que a defesa sanitária não é responsabilidade exclusiva do Estado. Este exerce vigilância e fiscalização oficial, detendo ainda o poder de impor sanções aos infratores. “Mas, nós, produtores, somos responsáveis também porque é de nosso interesse que todo rebanho seja sadio para vendermos nossos produtos com vantagem e vencer a competitividade feroz hoje existente nos mercados interno e externo”,alertou.
Nesta sexta-feira, encerrando o ciclo de fóruns Paraná Sem Aftosa, estes eventos ocorrerão de manhã em Londrina e à tarde em Ivaiporã. Durante a semana, foram desenvolvidos em Ponta Grossa, Toledo, Cascavel e Francisco Beltrão. (Luiz Carlos Rizzo/FAEP)