
está entre os invasores morando embaixo de uma lona no local há três semanas.
Quarenta e oito familias, num grupo que chega a aproximadamente 100 pessoas, das quais 40 são crianças menores de 10 anos, invadiram uma área de dois alqueires no Bairro São Luiz, em Clevelândia. As famílias afirmam que ocuparam a área porque não têm mais condições de pagar aluguel, e têm dificuldades de emprego na cidade. Edson Gilberto Moreira, um dos líderes do grupo de sem-teto, reforçou que “a cidade não oferece emprego, e as famílias estão em dificuldades”, por isso tomaram essa atitude.
Rodrigo dos Santos e Adriana Moreira estão também entre as famílias invasoras. O casal tem quatro filhos, ocupou a área e construiu, como as demais famílias, seu barraco de lona. “A gente não tem condições de pagar aluguel, e tamo aqui embaixo da lona lutando por um terreninho prá construir e criar o filhos”, afirmou Rodrigo com o filho de dois meses no colo. As famílias estão instaladas em barracos de lona, sem luz e água. Para o abastecimento das famílias, foi aberto um poço nos fundos do terreno onde existe uma nascente de água, mas a céu aberto; animais também utilizam o local, deixando a água imprópria para o consumo humano.
Reintegração de posse
A área invadida tem dois alqueires e pertence à família Pacheco – os irmãos Wilson Lustosa de Mello Pacheco, que mora em Clevelândia, e Atílio Lustosa Pacheco, residente no Mato Grosso. A família disse que contratou advogado para entrar com o pedido de reintegração de posse. A Prefeitura de Clevelândia foi procurada para uma posição. O assessor jurídico da Prefeitura, Marcos Antônio Loyola, disse que o município não foi procurado ainda por nenhuma das partes, e como a área é particular não compete ao município adotar providências.

Fotos: Beto Rossatti