Tem muita gente deixando para aplicar as vacinas nos últimos dias da campanha, o que pode provocar problemas.
Termina no próximo dia 30, sexta-feira, a segunda etapa da campanha nacional de vacinação de bovinos e bubalinos contra a febre aftosa. As vacinas estão disponíveis no mercado. Nesta fase, todo o rebanho paranaense deve ser vacinado, atingindo 9,3 milhões de cabeças, entre bovinos e búfalos.
O alerta da Agência de Defesa Agropecuário do Paraná (Adapar) é para que todos os animais sejam imunizados contra a febre aftosa. Na unidade da Adapar de Beltrão o índice de imunização está um pouco abaixo. Na unidade local de sanidade agropecuária de Beltrão, três mil explorações (propriedades) devem vacinar seus animais. Em algumas ocorre a vacinação assistida. Uma delas foi a do agricultor Luiz Telpisow, do Km 6, em Marmeleiro. Na ocasião, o prefeito Jaimir Gomes, o vice-prefeito Altair Gabriel, e o diretor do Departamento de Agricultura, Guilherme Baggio, acompanharam os trabalhos, juntamente com o médico veterinário e fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar, Fábio Monteiro; da assistente de fiscal da Adapar, Roseli Capelina; do chefe de Divisão de Fomento, Rodolfo Gritti; e do chefe de Divisão Agropecuária, Mário Krasmann. Os agricultores devem procurar as casas agropecuárias para adquirir as doses da vacina contra a febre aftosa e aplicar no rebanho. A vacinação e a comprovação são obrigatórias. Quem não vacinar ou não comprovar está sujeito a penalidades. A dose da vacina é 5 ml para animais de todas as idades. A orientação é para que sejam utilizadas seringas e agulhas bem limpas e desinfetadas (ferver por 10 minutos). Outro detalhe importante é para que o criador mantenha sempre a vacina bem conservada e refrigerada, em geladeira ou caixa de isopor com gelo e nunca exponha ao sol.
Preocupação da Adapar
A unidade da Adapar Beltrão abrange também os municípios de Marmeleiro e Renascença. Fábio Monteiro, médico veterinário da unidade, diz que em toda campanha “infelizmente, muitos deixam pra vacinar na última hora. Nós estamos com os índices um pouco abaixo. A preocupação é que o pessoal tá deixando para os últimos dias”, comenta o veterinário. Há o risco de ocorrer uma “corrida” às casas veterinárias, por parte dos produtores rurais, para comprar as doses. Até ontem, os índices de imunização eram os seguintes: Beltrão, 54%; Marmeleiro, 68%; e Renascença, 42% – índices de quarta-feira, dia 21. A meta da Adapar é que sejam vacinados 100% dos bovinos e bubalinos no Paraná.
Na sequência, ocorrem as verificações em propriedades que não vacinaram seus rebanhos, que aplicaram as doses e não houve o comunicado ou por outra situação. Os produtores que não cumprirem a obrigatoriedade serão autuados. A não vacinação ou não comprovação implica em multa, definida conforme a quantidade de animais. O valor base segue a Unidade Padrão Fiscal do Paraná (UPF), que em 2018 é de R$ 100,84. Além da multa, o descumprimento impede o transporte de animais para qualquer finalidade, até que a situação seja regularizada. A imunização dos animais é importante para o Estado, que vem batalhando há anos para ser declarado pela Organização Internacional de Epizootias como área livre da febre aftosa sem vacinação.
