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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Fim de ano com crise no transporte coletivo urbano

Número de passageiros transportados caiu drasticamente em 2020.

Em Pato Branco, os pontos de embarque de passageiros urbanos, cada vez com menos interessados.

O fim de ano chega com crise no transporte coletivo urbano de Pato Branco. A empresa está com dificuldades de pagar salários e o 13º salário dos colaboradores.

A informação é de Ênio da Luz, presidente do Sindicato dos Trabalhadores, que acompanha a crise e negocia com as empresas em nome dos empregados. O volume de passageiros transportados teve uma queda brusca por causa da pandemia, algo em torno de 45%, segundo o Sindicato da categoria.

Ênio comenta, “entendemos que a situação chegou no limite, porque a empresa está enfrentando dificuldades em virtude da redução drástica do número de passageiros transportados”. Segundo informações do Depatran, de Pato Branco, que monitora o volume mensal de passageiros transportados pelo sistema público de transporte da cidade, a redução foi drástica.

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135 mil a menos
Conforme a planilha do órgão municipal de trânsito, entre os dias 12 de abril e 12 de maio do ano passado, foram transportados 263 mil passageiros. Já entre os dias 12 de abril e 12 de maio deste ano, período que iniciou o isolamento social provocado pela pandemia do coronavírus, a quantidade de passageiros foi de 128 mil pessoas, 135 mil a menos que no mesmo período do ano passado.

Enio da Luz, disse que o Sindicato de Trabalhadores nos Transportes compreende que o isolamento social e fechamento das atividades comerciais provocou o impacto no setor de transporte público. “A empresa reduziu o quadro de funcionários, e entendemos que procurou fazer o possível, mas o quadro está insustentável também para os trabalhadores, que precisam de seus salários para manter suas famílias”, lamenta.

A empresa manterá uma reunião nas próximas horas com a Prefeitura Muncipal e participação dos vereadores para definir algo a respeito. Dependendo da reunião a empresa vai tomar as medidas necessárias, podendo até reduzir linhas de transporte, para enfrentar a crise.

Em Beltrão também caiu a quantidade de pessoas transportadas
O número de passageiros que utilizam o transporte coletivo urbano de Francisco Beltrão, pela Transportes Coletivos Guancino, também diminuiu neste ano devido à pandemia do coronavírus. De outro lado, vem crescendo o número de pessoas que usam o serviço gratuitamente.

A redução no número de passageiros obrigou a direção da Guancino a negociar com o sindicato dos trabalhadores e a Câmara de Vereadores dois períodos, ao longo do ano, para a suspensão dos contratos dos cobradores. Essa foi uma das formas encontradas para encarar a crise.

Recentemente uma reunião do Conselho Popular do Transporte, que avalia os pedidos de aumento das tarifas de transporte e o serviço prestado pela Guancino, várias questões foram levantadas, foi escolhida uma comissão de avaliação e haverá, nesta semana, mais uma reunião dos integrantes. A comissão tem a missão de encontrar sugestões para o transporte coletivo.

O número de pessoas que usam o transporte coletivo gratuitamente vem crescendo ano a ano. A lei federal fala em gratuidade na passagem para pessoas com mais de 65 anos. Em Beltrão, uma lei municipal garante a gratuidade para pessoas a partir dos 60 anos.

Essa situação da gratuidade impacta na planilha de custos. Há pessoas beneficiadas pela lei que usam transporte coletivo mais que uma vez por dia. Essa é uma das situações que também prejudica o serviço como um todo.

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