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sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Flávio Penso marcou época em Ampere

Prefeito por três vezes, faleceu aos 76 anos, em Cascavel, de Covid.

Flávio José Penso, 76 anos, advogado, professor e três vezes prefeito de Ampere,faleceu domingo, em Cascavel, onde estava em tratamento da Covid-19

Após algumas semanas de internamento em hospital de Cascavel, para tratamento de Covid, faleceu, domingo, 6, Flávio José Penso, ex-prefeito de Ampere por três vezes (89-92), 97-2000 e 09-12).

Seu corpo foi cremado ontem de manhã, em Francisco Beltrão. As cinzas foram levadas para Ampere e houve missa, às 17h, na Matriz Santa Terezinha. A Prefeitura de Ampere não abriu ontem. O prefeito Disnei Luquini decretou luto oficial por três dias.

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Flávio Penso deixa a viúva Mariluci Baccin e três filhos que teve do primeiro casamento, com Eli Penso: Flávio Penso Júnior (reside em Campo Novo do Pareci, MT), Jórgia (casada com Evandro Bocchi, ex-prefeito de Santa Izabel do Oeste, reside em Cascavel) e Mateus (reside em Curitiba).

Flavio era natural de Videira (SC). Além de advogado e político, foi professor da rede estadual.

 

Disputou sete eleições para prefeito, venceu três

Desde 1977, o professor Flávio Penso viveu intensamente a política de Ampere. Naquele ano, elegeu-se vereador. Em 1982, foi candidato a prefeito pela primeira vez e perdeu para Izair Favretto.

Em 1988, elegeu-se prefeito pela primeira vez, derrotando Fábio de Toni por 12 votos.

Em 92, não disputou porque naquele tempo não tinha reeleição. Em 96, elegeu-se prefeito como candidato único. Em 2000, perdeu para Roberto Dettoni.

Em 2008, elegeu-se, derrotando Nereu Perondi. Em 2012, perdeu para Hélio Alves. E em 2020 foi derrotado pela Covid, que o levou para o hospital ainda durante a campanha, acabando em seu falecimento 21 dias após a eleição de 15 de novembro.

 

Uma pessoa muito positiva

Hélio Alves foi o adversário que derrotou Flávio Penso na eleição de 2012. Mas só tem elogios. “Fomos adversários e também parceiros e amigos, tanto que um dia antes de ser internado o Flávio esteve na minha casa. Durante uma hora, foi dizendo tudo o que ele queria para Ampere”, contava Hélio, ontem, ao Jornal de Beltrão.

Segundo Hélio, Flávio Penso “era um cara muito positivo, pra ele não tinha meio termo. Sempre foi um lutador, uma pessoa sempre pra frente, de pelear pelas coisas. E era um cara muito otimista. Pena, foi uma grande perda”.

 

Flávio Penso faleceu aos 76 anos, de Covid: “Uma grande perda, era uma pessoa positiva e otimista”, diz o ex-prefeito Hélio Alves.

Um dos maiores nomes da política de Ampere

Por Flávio Pedron-Flávio Penso foi um dos maiores nomes da política de Ampere. Prefeito por três mandatos, fez uma revolução num tempo que dependia essencialmente do setor agropecuário.

Numa época em que não havia a lei de responsabilidade fiscal e nem exigência de licitações públicas, ele conseguiu implantar barracões para as indústrias e os empreendedores locais se encarregaram do resto. Hoje, Ampere é uma potência no setor industrial, principalmente de confecções e móveis. Os produtos de Ampere são vendidos em todo o Brasil.

De uma economia baseada principalmente no setor agropecuário, o apoio ao setor industrial arregimentou para a cidade uma grande leva de pessoas do interior em busca de empregos. Vieram também moradores de outros municípios em busca desses empregos.

As demandas foram aparecendo gradativamente, tais como a necessidade de casas, escolas, cmeis, unidades de saúde e qualificação dos trabalhadores — vêm daí o Senai e a Famper.

Flavio Penso projetou nomes como Rui Luquini, Terezinha dos Santos Reichert e Hélio Alves. Parte deste pessoal se tornou oposição a Flavio, o que é natural na política.

Fica a lembrança de um homem que conseguiu mudar o curso da história de um município que tinha apenas vocação para a agropecuária.

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