Regional
Na semana passada, cerca de 30 famílias foram beneficiadas com iluminação no Distrito de Tatetos, interior de Flor da Serra do Sul; onde 20 unidades domiciliares passaram a ter seu relógio de energia elétrica ligado. Segundo a advogada do município, Taciane Andreguetto Cipriani, moradora do Distrito há 20 anos, faltam ainda outras oito residências para serem ligadas. “Comecei a trabalhar na Prefeitura em agosto do ano passado e assim que entrei busquei revolver o problema a pedido da prefeita Lucinda e do vice Alcenir”. Conforme Taciane, há mais de 20 anos, muitas famílias da comunidade não possuíam a sua caixa de entrada de energia e acabavam por dividir energia com outras pessoas. “Havia apenas três postes, ou seja três relógios atendendo cerca de 30 casas e quando vinha a conta da luz eles se dividiam”, explica complementando que várias tentativas para solucionar o problema haviam sido feitas, porém, quando chegavam na Companhia Paranaense de Energia (Copel), eram negadas. “O nosso primeiro passo, foi entrar em contato com o novo gerente da Copel, Marcos Domakoski. Já havíamos feito uma visita à companhia no ano passado, conversei com o gerente de projetos da época, mas não fomos considerados, ele afirmou que não daria para sair uma rede do local e como não havia documentação da área, seria ainda mais difícil. Em 1996, os proprietários da comunidade não tinham a metragem suficiente para registrar o local como uma propriedade rural e nem como urbana”, relata enfatizando que, com isso, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) decidiu que a área seria doada à Flor da Serra, mas ninguém possuía conhecimento disso. “Descobri esse fato quando entrei em contato com o órgão e solicitei o histórico da propriedade. Eram todos posseiros sem regularização. Mandamos um ofício para o Incra pedindo a regularização de doação para o município, que será a próxima etapa. Registrar, criar uma matrícula em nome de Flor da Serra do Sul e depois criar uma para cada posseiro. Em razão da pandemia, está demorando mais de seis meses para sair cada análise de pedido”, continua.
Solução momentânea
A união dos moradores foi fundamental para solucionar o problema, mesmo que ainda falte alguns pontos. “O problema não era dinheiro, acredito que foi falta de comunicação entre os órgãos”, diz destacando que a primeira extensão de rede é de 2018 e paga pela Prefeitura. A segunda foi grátiz. “Essa comunidade foi sancionada, em lei, como área de interesse social e com isso, a Copel fez o serviço sem custo, por conta de um projeto próprio que beneficia essas áreas” afirmou.