Gerentes de supermercados pedem calma à população: “Não vai faltar comida”

Outro problema é a aglomeração de pessoas nos estabelecimentos.

O aumento no número de casos de coronavírus no Brasil provocou uma corrida aos supermercados. Muita gente teme pelo risco de desabastecimento e está buscando estocar alimentos e produtos de higiene, porém, gerentes de estabelecimentos de Francisco Beltrão e Pato Branco alertam que essa corrida é desnecessária e pode ser prejudicial.

“Pode ser que falte em alguns dias um produto mais específico ou uma marca, mas de um modo geral o essencial não vai faltar. Os supermercados da região, geralmente, têm estoque para 30, 40 dias e o fornecimento continua sendo feito, então não é justificável esse alarde que muita gente faz”, comenta o presidente regional da Apras (Associação Paranaense de Supermercados), Fernando Delazeri, de Pato Branco.

Segundo ele, a corrida aos estabelecimentos contraria a recomendação para se evitar aglomerações e, ao reunir muitas pessoas em pouco tempo, os supermercados podem ser um ambiente com potencial de transmissão do vírus.

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Em Francisco Beltrão, um dos supermercados que teve aumento repentino de movimento foi o Super Vipi, segundo o gerente Everton Crestani: “Nesta semana, registramos um aumento nas vendas muito acima do previsto, mas não há motivo para correria, pois estamos sendo atendidos pelos nossos fornecedores e temos estoque suficiente de grande parte dos produtos”.

Situação semelhante aconteceu durante a greve dos caminhoneiros, há dois anos. Delazeri comenta que, na época, houve um aumento muito grande nas vendas dos supermercados durante a semana de paralisação, mas depois a situação se normalizou e houve uma redução drástica do movimento, pois as pessoas tinham estocado produtos sem necessidade. A compra acima do normal também impossibilita que mais gente tenha acesso a alguns itens.

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Mais higienização, menos contato
A Apras enviou comunicado com recomendações para os supermercados paranaenses. O aviso pede para que sejam reforçadas as ações de higienização de carrinhos, cestas atendimento via e-mail a fornecedores e ampliado o autosserviço, visando evitar o contato de funcionários e clientes. O Vipi já segue estas recomendações e também passou a disponibilizar máscaras para os colaboradores, além de dar licença para funcionários que se enquadram nos grupos de risco do coronavírus.