Na foto, todos felizes, aproveitando o momento.
Foto: Beto Rossatti
Andressa Soares, neta do seu Alberto Matias Soares, hoje com 75 anos, cresceu ouvindo as histórias do avô, de que ele tinha o sonho de reencontrar os irmãos, que o destino os separou. Seu Alberto conta que se separou dos irmãos porque naquele tempo alguns pais entregavam os filhos para serem cuidados por amigos e parentes que tinham uma condição mais favorável.
Acontece que seus pais adotivos acabaram vindo para o Paraná, perdendo o contato com a família biológica. O destino trouxe seu Alberto a Clevelândia, onde casou e constituiu família. A vontade do avô era tão intensa que Andressa resolveu ajudar, utilizando as vantagens da rede mundial de computadores.
Ela contou como procurou e chegou à localização do tio avô. “Meu avô contava a história com lágrimas nos olhos, e a gente ouvia, até que eu resolvi tomar uma atitude e procurar pelos tios avós, e nossa surpresa foi que deu certo”, relata Andressa.
A neta mandou cartas para emissoras de rádio no Rio Grande do Sul, onde também uma neta do seu Alberto, ouviu, e avisou o avô que estava morando na cidade de Erechim (RS).
Daí foi um pulo, em dois dias o contato estava restabelecido, e o reencontro foi marcado para o dia 7 de setembro, em Clevelândia. O reencontro foi marcado por um longo abraço, que emocionou a todos os presentes. Os dois irmãos, apesar da idade avançada – 75 e 79 anos -, estão com boa saúde e memória.
Lembram-se dos detalhes da separação, quando os pais adotivos separaram os irmãos, na busca de novas oportunidades em tempos difíceis, onde não era possível manter contato. Seu Alberto mora em Clevelândia há 45 anos. Ele constituiu família no Paraná e nunca mais voltou ao Rio Grande do Sul. Agora, ele, a esposa, seis filhos, 16 netos e oito bisnetos recebem o irmão 75 anos depois.
O reencontro foi marcado por um bom churrasco e agora os irmãos pretendem retomar o tempo perdido e se encontrar outras vezes.
