O bispo, muitos padres – de hoje e dos últimos 50 anos -, católicos das 30 comunidades da cidade e interior lotaram a igreja e o pavilhão de festas para comemorar o cinquentenário.

com a exposição dos padroeiros das capelas.
Fotos: Ivo Pegoraro/JdeB
Domingo, 30 de julho, o ponto de reencontro dos vereenses foi a matriz São Joaquim que estava encerrando as festividades dos 50 anos de sua fundação. A igreja, construída em 1978, foi reformada este ano e estava lotada para a missa concelebrada pelo bispo dom Edgar Ertl e onze padres, entre os dois atuais e os muitos que passaram pela Paróquia nesses 50 anos.
As 29 capelas (duas de bairros da cidade e 27 de comunidades do interior) participaram com seus padroeiros, que foram todos expostos diante do altar, ao lado do padroeiro São Joaquim. No início da celebração, a coordenadora da Pastoral de Ministros, Tânia Moreschi Fabiane, leu um resumo histórico da Paróquia, citando todas as capelas com seus respectivos padroeiros, assim como todos os padres que prestaram serviços à comunidade vereense, desde padre Paulo Broeck, de 1965 a 1970, e os que vieram após a criação da Paróquia, em 18 de março de 1967.

Domingo é Dia do Senhor
Um domingo como este, de grande festa religiosa, Verê já teve muitos. Mas uma preocupação da Igreja, não só de Verê mas de toda a Diocese, é ver porque os dias da semana estão se tornando todos cada vez mais iguais e a participação das pessoas nas celebrações religiosas tem diminuído. É o que se viu na pregação do bispo dom Edgar: “Não basta ter uma igreja bonita, se ficarmos indiferentes com o Dia do Senhor. Domingo e segunda-feira não pode ser igual”.
O bispo citou o Evangelho do dia. Falava do jovem Salomão pedindo a Deus, não riquezas e conforto mas sabedoria para governar seu povo. “Nos próximos 50 anos, vamos pedir a Deus que nos ajude a escolher sempre o melhor e que não nos deixe nivelar o domingo com qualquer outro dia da semana”, disse dom Edgar.
No final da celebração, teve três pronunciamentos. Padre Alexsandro Miola, filho de Verê, que hoje está em Santa Maria (RS), leu numa mensagem de seu superior e representou os demais padres. Já o prefeito de Verê, Ademilso Rosin, e o coordenador paroquial das pastorais, Maurino Juttel, disseram que é preciso olhar para as pessoas que participam, que colaboram com a Igreja – e são muitas – e, através delas, ver que a fé não morre. Maurino disse que a colaboração da comunidade foi surpreendente. O prefeito contou a história de um homem que decidiu subir pela caixa d’água para salvar uma criança que estava no alto de um prédio em chamas. A multidão gritava para ele desistir e ele sentia medo, mas continuou e salvou a criança e, então, agradeceu à multidão pelo que ele interpretou como incentivo. Na verdade, a multidão pedia para que ele desistisse, mas ele era surdo.
Superou as expectativas
No tarde de domingo, o pároco Sinicley disse ao Jornal de Beltrão que sua avaliação era “muito boa”, porque não só na festa, mas em todos as noites do tríduo a igreja lotou e ele viu cumprida a missão de “celebrar a fé e a vida do povo”, a promoção “superou em todos os aspectos”. Ele disse que estava “com aquele sentimento de que faria tudo de novo, sem mudar nada”.
Revista dos 50 anos
Quem esteve na festa de domingo também pôde voltar pra casa com um exemplar da revista dos 50 anos da Paróquia São Joaquim. Sob a responsabilidade da equipe formada por Dotilde Gesser Mattei Carletto, Sérgio Fabiane, Simone Pasqualotto Baldissera, Loivo Roque Ritter, Araul Carlos Zeni e o padre Sinicley da Silva, foi editada pelo jornalista Ivo Pegoraro (vereense de 1966 a 1975) e impressa na gráfica do Jornal de Beltrão. Em 100 páginas coloridas, a revista conta a história da matriz e de cada capela – ou comunidade como preferem os padres -, com entrevistas de pessoas que ao longo dos anos se dedicaram à Igreja, concluindo com depoimentos sobre os desafios de hoje para a Igreja.