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Francisco Beltrão
quinta-feira, 29 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Granizo provoca danos em 1.500 casas

 

Pedras do tamanho de limão e laranja caíram sobre
as casas, prédios públicos e empresas.

 

 Passava das 20 horas de quinta-feira, 6, em Ampere. Havia pessoas nas varanda de suas casas tomando chimarrão ou conversando. Outras estavam na cozinha jantando. A temperatura estava alta, como durante o dia. E, de repente, começou a chuva de granizo com pequenas pedras. 

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Aos poucos começaram a cair pedras maiores. Foram cerca de dez minutos de granizo. Resultado: estragos em pelo menos 1.500  casas, prédios públicos e empresas do comércio e indústria e no interior. 

As pessoas ficaram assustadas ou em pânico. Após o granizo, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil foram acionados para auxiliar a população. Muitas pessoas subiram nos telhados de suas casas para colocar lonas. Por causa disso, quatro pessoas acabaram se ferindo e foram atendidas no Hospital Municipal. Um homem tomou um choque e também foi atendido no hospital.

O prefeito Hélio Alves (PDT) decretou situação de emergência no município. “Há 33 anos que estou em Ampere e nunca aconteceu uma coisa dessas. Pelos relatos, há mais de 40 anos não ocorria uma chuva de pedra deste tamanho, eram maior que uma bola de sinuca, maior que uma laranja. Pra você ter uma ideia, ela quebrou o forro de casas e caiu embaixo, no piso”. 

 

O dia foi de muito trabalho para as familias: teve pessoas que colocaram
novas telhas nas suas casas e outras tiveram que arrumar lonas.

 

O granizo atingiu os bairros Colina Verde, Uassari, Nossa Senhora das Graças, Santa Paulina, Santa Terezinha, Água Verde 1 e 2 e São Francisco. No interior em torno de dez comunidades tiveram danos. Houve prejuízos em pavilhões, igrejas, galpões de fumo e de produção de bichos da seda, em parreirais  e aviários. 

As aulas das escolas das redes municipal e estadual e nas creches foram suspensas, bem como na Apae. “A sede da nossa Apae foi bastante danificada”, disse.  o prefeito. A campanha de vacinação contra a paralisia infantil e sarampo, que começaria hoje, foi suspensa. 

As unidades de saúde foram fechadas e os médicos passaram a atender os casos de urgência-emergência no Hospital Municipal. No hospital também foram registrados problemas no telhado, provocando o alagamento de alguns quartos e do centro círurgico. Devido ao problema, o centro cirúrgico está fechado. Os partos programados para o final de semana serão feitos no Hospital Regional, em Beltrão. Hélio Alves ressaltou que apesar dos enormes danos não houve mortes. “Então a gente agradece a Deus por isso.” 

O prefeito Moacir Fiamoncini, de Santa Izabel, mandou uma equipe de funcionários para auxiliar os serviços de apoio às residências atingidas. O prefeito Milton Andreolli, de Realeza, também se dispôs em ajudar. O vice-prefeito Fernando Cadore, de Salto do Lontra, doou seis rolos de lona. “Eu tive que colocar os caminhões  pra ir a Beltrão, Santa Izabel e Realeza, porque todo o estoque de lona e telhas que tínhamos na cidade terminou em poucas horas”, contou o prefeito.

As equipes dos departamentos de Urbanismo, Rodoviário e Agricultura foram mobilizadas para levantar informações e atender as famílias com lonas.  O parque industrial 1 – na saída para Santo Antônio – foi seriamente afetado. As indústrias Ghel Plus, Grilazer, Notável e Simonetto tiveram prejuízos nos telhados. Na Ghel Plus e Simonetto os setores de linha de produção ficaram encharcados. Funcionários destes setores nas duas empresas não puderam trabalhar ontem. As duas empresas têm seguro de suas instalações, mas ainda não se sabe qual o valor dos prejuízos e se as máquinas foram afetadas pela chuva e as pedras de gelo. 

Na edição de domingo o JdeB publicará mais informações sobre o granizo em Ampere 

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