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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Greve dos caminhoneiros prejudicou 77% das empresas do Estado, avalia Fecomércio

Regional

 A greve dos caminhoneiros, em maio, foi bastante nociva para as vendas do varejo segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio), que avaliou a dimensão do impacto para os lojistas e prestadores de serviço. Das empresas participantes, 77% declararam que a manifestação foi ruim para seus estabelecimentos. Houve empresários com percepção positiva, 9%, e 14% disseram que ainda não sabiam medir as consequências da paralisação. A queda no número de clientes foi apontada por 37% das empresas como o principal problema enfrentado durante os dez dias de paralisação. Outros reflexos da greve foram problemas na logística (17%); aumento dos custos (14%); alta no preço das mercadorias (12%) e picos de demanda (4%). Além disso, 15% dos empresários mencionaram outras complicações, tais como a dificuldade de deslocamento dos colaboradores, inadimplência e alguns citaram que foram afetados pelo somatório de todas as consequências negativas da greve que constavam na pesquisa. Névio Urio, da Urio Plast, de Marmeleiro, diz que “complicou tudo, o dólar subiu, parou a distribuição e a chegada de matéria-prima; o segundo impacto foi o financeiro, os boletos dos clientes e fornecedores venceram; a produção na indústria sofreu atraso de 15 a 20 dias”. Névio relatou que em sua propriedade tinha gado para embarcar e não pôde porque havia a greve. Mas ele disse que, mesmo assim, não foi contra a greve. A Confecções Betel, de Capanema, também teve problemas para receber encomendas no período da greve. No entanto, Matheus Campagnolo relatou que não houve tantos problemas “porque havia estoque”. Cesar Spanhol, da Movelmar Cozinhas, admite que “a greve atrapalhou, com 15 dias sem faturamento e com os motoristas na estrada, parados, não gastando combustível, mas recebendo diária sem produção”. Ele acredita que para regularizar o estoque ainda vai mais um tempo, assim como para recuperar o faturamento.

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Inflação
Para agravar a situação das empresas, a mais recente divulgação do IBGE trouxe a prévia da inflação, que teve alta de 1,11% (IPCA 15), influenciada pelos setores de bebidas e alimentação (1,57%) e transportes (1,95%). Fatos sazonais como estes podem motivar que o Banco Central volte a elevar taxas de juros, o que pode comprometer a manutenção do desempenho econômico.

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