Lorimar Gaio (PV) renunciou no dia 5 de novembro 2013 e a posse de Gilmar Paixão (PT) aconteceu dois dias depois.

Era manhã de terça-feira, 5 de novembro de 2013, quando o Sudoeste foi surpreendido com o anúncio da renúncia de Lorimar Gaio (PV), até então prefeito de São Jorge D’Oeste. Naquele dia, até Gilmar Paixão (PT), que assumiria o cargo no dia 7 de novembro, não acreditava no que estava acontecendo. “O Lori Gaio (PV) anunciou a renúncia no dia 5 de novembro. Eu também fiquei sabendo no dia 5. Ele já tinha falado alguma coisa antes, mas era tudo incerto. Quando ele renunciou, a gente foi pego de surpresa, assim como toda a cidade”, lembra o prefeito Gilmar Paixão (PT).
Ele encontrou diversas dificuldades no começo do seu trabalho. “Os piores dias foram naquela primeira semana. Era tudo imprevisível. Eu não tinha experiência política nenhuma e logo tive que fazer parte da frente. Foi uma coisa muito forte. Eu pensava: o Lori saiu, e agora? Teve um culpado, não teve? É bem complicado. Aqueles dois dias entre o comunicado e a posse foram bem difíceis porque todo mundo estava se perguntando o que aconteceu. Muita gente queria saber se eu ia assumir ou não. Isso gerou bastante desconfiança pra mim também, se eu tinha algo a ver com a renúncia, se eu ia aguentar”, comenta.
Depois de um tempo, o trabalho engrenou e o ano foi repleto de conquistas para o município, com destaque para a escola de ensino integral, que será construída numa parceria com o Governo Federal, o programa de saneamento básico, onde serão investidos quase R$ 9 milhões em toda a cidade e o programa Tapete Preto, que está pavimentando 70 quadras no centro, Bairro da Lapa e Distrito Dr. Antônio Paranhos. “A gente estava acompanhando, mas eu ficava mais fora. Sabíamos do andamento da administração, mas depois da posse, o grupo me deu muito apoio, assim como os vereadores, secretários, diretores de departamento e toda a população, que me ajudou e tudo foi acontecendo”, completa.
O prefeito também destaca outros investimentos. “Na Sede Paranhos nós investimos num barracão industrial que está sendo finalizado, além da reforma no espaço para a padaria social, o parque de máquinas, a melhoria no sistema de água, a academia da terceira idade, asfalto, ciclovia, um policial que vai morar no distrito e a torre do celular. O Bairro da Lapa também ganhou asfalto, a unidade de saúde, outro acesso para o centro, a ciclovia, a creche, casas populares que estão sendo finalizadas”.
O prefeito também exaltou a prestação de contas que foi realizada em todos os bairros da cidade e nas comunidades do interior. “Isso tudo foi muito importante para a administração. A população comentava que nunca tinha sido levada a informação do andamento da administração. Todos puderam questionar e dar sugestões e isso foi muito importante para nós. Tivemos a satisfação de ouvir do nosso ex-prefeito Adair Ceccatto “Pardal” (PT-2005/08) sempre falava que o nosso mandato já estava superando até o mandato dele. Sem contar que essas reuniões vão direcionar nosso mandato daqui para a frente”.
Expectativas
O prefeito pretende manter o ritmo intenso de obras na cidade e no interior. “Vamos trabalhar no próximo ano para dar andamento nos projetos pequenos e grandes. Queremos finalizar eles com um bom acabamento. Vamos buscar também mais projetos. Agora sonhamos com um projeto de reurbanização da nossa cidade. A gente precisa disso. Também vamos buscar mais alguns pontos de pavimentação asfáltica. Essas são as situações que vamos dar andamento”.
As principais bandeiras do prefeito são saúde e educação. “No começo do ano, vamos doar uniformes para todos os alunos da rede municipal. Isso já está no nosso projeto. Os investimentos foram grandes, implantamos o sistema Aprende Brasil, do Positivo, buscamos fazer melhorias nas escolas, entre outras novidades. Na saúde, já foram quatro reformas de postos, temos outra encaminhadas, temos a construção da UBS no Bairro da Lapa que deve ser entregue em março”, acrescenta.
Final do ano
Muitos municípios, em virtude das dificuldades de fechamento das contas, trabalha em meio expediente no final do ano. Em São Jorge D’Oeste, o prefeito não pretende mudar os horários de atendimento. “Também estamos com dificuldade, mas não vamos trabalhar em meio expediente. Podemos antecipar as férias coletivas para conseguir fechar o caixa. A gente nunca sabe o que vem do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), por isso, estamos diminuindo o ritmo, até segurando algumas obras de calçamento que eram feitas com recursos próprios, para nós conseguir fazer o fechamento”, conclui.