Lançado no mês passado, o equipamento está sendo comercializado em todo o País.

A necessidade de novos métodos e produtos para evitar o contágio da Covid-19 vem mobilizando equipes e empresas de todo o mundo. Um destes exemplos é daqui da região: a Climabrisa, de Renascença, desenvolveu um modelo de cabine para higienização de pessoas utilizando uma espécie de névoa com produtos de desinfecção que matam o vírus. O equipamento foi lançado há um mês e já foi vendido a estados do Nordeste e Minas Gerais, além de várias cidades paranaenses.
A cabine foi projetada em poucas semanas, utilizando a expertise da indústria em aspersores e arcos de desinfecção utilizados em aviários. “Como já tínhamos toda essa base relacionada às peças, bomba, filtro, dosagem dos aspersores, fomos verificar o que já havia de cabines disponível no mercado e fizemos adequações para criar um modelo próprio e mais completo”, comenta o gestor de produção, Júnior Tesser.
A equipe de criação levou um mês desde o desenvolvimento do protótipo à produção da primeira unidade. O modelo final tem acionamento mecânico ou por sensores, dimensões que permitem fazer o processo com os braços abertos, reservatório com acesso por chave e alimentação de 12 volts. Colocando o equipamento pra funcionar, a empresa tem recebido feedbacks de clientes e também faz melhorias para adequar o produto a cada realidade.
A cabine vem sendo bastante procurada e pode ser utilizada em estabelecimentos comerciais, indústrias, ambientes públicos e futuramente, quando forem flexibilizadas mais atividades, também em escolas e eventos. “Considerando as outras opções de cabine existentes, temos hoje um produto nacional e com o melhor preço, porque não nos baseamos pela média do mercado, mas pelo nosso custo e uma margem justa”, explica Frank Reis, gerente comercial da Climabrisa. Cada cabine custa cerca de R$ 13 mil e a estrutura de vendas da empresa em todo o País e na Colômbia e Paraguai anima a indústria local, que abriu uma nova linha de montagem para atender os pedidos.
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Fabricante não indica antisséptico a ser usado
A Climabrisa somente produz e fornece as cabines e não indica que produto pode ser utilizado na aspersão. Frank explica que cada cliente deve consultar as autoridades locais, profissionais de saúde e de química, para escolher o melhor produto para diluição, preservando sempre a saúde dos usuários e eficiência na ação contra microorganismos. Duas cabines destas foram instaladas em espaços públicos de Francisco Beltrão e o produto utilizado é a clorexidina, um antisséptico que foi autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser usado na higienização durante a pandemia.

Uma linha de produção foi criada para montar as cabines de higienização desenvolvidas pela Climabrisa.
A indústria de Renascença está vendendo o equipamento, usado no combate ao coronavírus, em todo o País.
Crédito: Leandro Czerniaski/JdeB