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Francisco Beltrão
domingo, 08 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Indústria paralisa atividades e deixa empregados sem direitos trabalhistas

Imóvel da empresa, avaliado em R$ 27 milhões, foi bloqueado na justiça.

A Satiare conta com uma grande estrutura industrial em Nova Prata do Iguaçu. Foto: Fotos: Divulgação Prefeitura

A Satiare Alimentos, que tem uma planta industrial em Nova Prata do Iguaçu, paralisou suas atividades há alguns meses, provocando impacto econômico no município. Uma audiência pública entre administração municipal e trabalhadores ocorreu no dia 10 para discutir uma solução. Cerca de 200 trabalhadores foram demitidos, muitos com salários atrasados. 

O advogado beltronense Fernando Biava da Silva representa 80 trabalhadores da Satiare que ingressaram na justiça para receber os direitos trabalhistas. Segundo ele, a justiça já concedeu medida cautelar de arresto para 67 funcionários, instrumento que impede a venda do imóvel, avaliado em R$ 27 milhões.

“Há um esforço do município para a empresa voltar a funcionar, mas temos famílias inteiras que trabalhavam lá e não receberam seus salários e verbas rescisórias de praxe.” Biava afirma que a dívida trabalhista da empresa com os funcionários supera R$ 1 milhão. O advogado comenta ainda que no dia 24 de janeiro ocorreu a demissão da primeira leva de trabalhadores, 110 pessoas, desde então, não houve mais produção. Apenas foram mantidos trabalhadores do setor administrativo. 

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Esforço do municípioO prefeito Adroaldo Hoffelder (Sassá) está fazendo um esforço para que a empresa volte às atividades. Ao longo deste período a administração buscou diálogo com a direção da Satiare Alimentos para quitar os débitos e voltar o funcionamento. Recentemente o prefeito viajou à capital do Estado e conseguiu com a Copel o parcelamento do pagamento da energia elétrica, uma das demandas que causou o fechamento por completo da empresa.  

“Foi o primeiro passo, muito importante, onde vamos fazer o elo de ligação entre a empresa e os trabalhadores do município, que a empresa salde seus compromissos com os funcionários e fornecedores, aí então volte a gerar emprego e renda.” Conforme disse, o parcelamento do valor da energia foi uma conquista, porque o valor era bastante alto. “Queremos que a empresa volte a trabalhar, mas primeiro salde os salários atrasados dos colaboradores.”

Famílias querem seus direitosIvan Carlos da Cunha, que trabalhou por oito anos na empresa, disse que a intenção não é prejudicar a empresa, mas apenas receber os salários, 13º, férias e o FGTS. “Queremos um acerto com eles, mas não temos nenhuma posição. Queremos que eles reabram, todos querem trabalhar”, afirma. Além dele, a esposa também trabalhava na Satiare.

*Com informações de assessoria de imprensa.

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