Imóvel da empresa, avaliado em R$ 27 milhões, foi bloqueado na justiça.
.jpg)
A Satiare Alimentos, que tem uma planta industrial em Nova Prata do Iguaçu, paralisou suas atividades há alguns meses, provocando impacto econômico no município. Uma audiência pública entre administração municipal e trabalhadores ocorreu no dia 10 para discutir uma solução. Cerca de 200 trabalhadores foram demitidos, muitos com salários atrasados.
O advogado beltronense Fernando Biava da Silva representa 80 trabalhadores da Satiare que ingressaram na justiça para receber os direitos trabalhistas. Segundo ele, a justiça já concedeu medida cautelar de arresto para 67 funcionários, instrumento que impede a venda do imóvel, avaliado em R$ 27 milhões.
“Há um esforço do município para a empresa voltar a funcionar, mas temos famílias inteiras que trabalhavam lá e não receberam seus salários e verbas rescisórias de praxe.” Biava afirma que a dívida trabalhista da empresa com os funcionários supera R$ 1 milhão. O advogado comenta ainda que no dia 24 de janeiro ocorreu a demissão da primeira leva de trabalhadores, 110 pessoas, desde então, não houve mais produção. Apenas foram mantidos trabalhadores do setor administrativo.
Esforço do municípioO prefeito Adroaldo Hoffelder (Sassá) está fazendo um esforço para que a empresa volte às atividades. Ao longo deste período a administração buscou diálogo com a direção da Satiare Alimentos para quitar os débitos e voltar o funcionamento. Recentemente o prefeito viajou à capital do Estado e conseguiu com a Copel o parcelamento do pagamento da energia elétrica, uma das demandas que causou o fechamento por completo da empresa.
“Foi o primeiro passo, muito importante, onde vamos fazer o elo de ligação entre a empresa e os trabalhadores do município, que a empresa salde seus compromissos com os funcionários e fornecedores, aí então volte a gerar emprego e renda.” Conforme disse, o parcelamento do valor da energia foi uma conquista, porque o valor era bastante alto. “Queremos que a empresa volte a trabalhar, mas primeiro salde os salários atrasados dos colaboradores.”
Famílias querem seus direitosIvan Carlos da Cunha, que trabalhou por oito anos na empresa, disse que a intenção não é prejudicar a empresa, mas apenas receber os salários, 13º, férias e o FGTS. “Queremos um acerto com eles, mas não temos nenhuma posição. Queremos que eles reabram, todos querem trabalhar”, afirma. Além dele, a esposa também trabalhava na Satiare.
*Com informações de assessoria de imprensa.