Irmãs Terciárias da Angelina Beata completam 15 anos de trabalho e oração
Do Jornal de Pato Branco
A Comunidade das Irmãs Terciárias da Beata Angelina completou, em fevereiro, 15 anos de presença, trabalho e oração em Pato Branco. A congregação que teve como pioneira no Brasil uma pessoa admirada na comunidade pato-branquense, a irmã Pierina Vagnoni, é conhecida no município pela ação que realiza no bairro São João, nas pastorais da Paróquia, pela criação e manutenção da gruta Nossa Senhora de Lourdes e do Recanto São Francisco Paz e Bem, no Jardim Primavera.
Além de Pierina, que hoje reside em Toledo, as irmãs Maria Rosani Becker, Maria Aparecida da Silva e Lurdes Bordignon estabeleceram-se em Pato Branco em fevereiro de 1988. Na época, abriram a casa para facilitar o acesso ao estudo das jovens que estavam em formação para a vida religiosa. Em Pato Branco, além da formação de novas freiras, no primeiro ano atuaram na Fundabem e pastorais. Em 1989, iniciaram o trabalho no bairro São João, um dos mais carentes de Pato Branco. Atualmente, as religiosas continuam realizando ações no São João, onde mantêm um local para atender a população, bem como participam de pastorais e na aplicação da catequese. Hoje, a comunidade pato-branquense conta com três freiras e uma candidata à vida religiosa.
O sonho iniciado pela irmã Pierina é dividido pela atual coordenadora da comunidade das irmãs, Marisete Wansoski. ?Acreditamos que com a ajuda da população, as pessoas podem vencer a situação de carência em que vivem no São João?, analisa. No bairro, as irmãs ensinam trabalhos manuais, cuidados com a saúde e higiene, bem como têm uma função presencial. A casa no São João é mantida com uma verba da Prefeitura Municipal e também da providência de colaboradores. ?Toda a semana tem pessoas doando para que o trabalho prossiga?, afirma a irmã Marisete.
Desde o dia 10 de março, as atividades no bairro contam com um reforço de quatro estudantes do segundo ano de noviciado e também da irmã Maria Pia Tacconi. As estudantes e a freira que vieram da capital paranaense, realizam um levantamento sobre a situação vivida pelas famílias. Ainda não é possível precisar, mas o relatório do levantamento poderá implementar as atividades de apoio no bairro São João. Maria Pia revela que a idéia que vem sendo mantida é primeiro a presença da congregação no local. O trabalho realizado é uma conseqüência.
Para as noviças, o ?estágio? no bairro serve como experiência para avaliar se continuam na vida religiosa. ?Estávamos apreensivas, mas fomos bem acolhidas. As pessoas têm sede de serem ouvidas?, explica Luzia Soares. Um primeiro ponto percebido no levantamento das irmãs e estudantes é a gravidez precoce. ?Muitas meninas com, no máximo 15 anos, já tiveram filhos ou estão grávidas?, observa a outra noviça Ivonete Gonçalves. A equipe de Curitiba permanece no São João até meados de abril.
Fraternidade e oração – Irmã Marisete faz questão de evidenciar que o estilo de vida das religiosas é de viver a fraternidade e oração, pessoal e comunitária.
Para manter a casa e também pagar os estudos das freiras e a formação das estudantes, as religiosas produzem e vendem cartões, bordados e trabalhos manuais. Neste mês, as irmãs também iniciaram a produção de macarrão caseiro para comercializar e angariar fundos. Os cartões e bordados são vendidos até na Itália.