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Francisco Beltrão
quinta-feira, 05 de junho de 2025

Edição 8.220

06/06/2025

Livro ”Salto do Lontra, História e Memória” registra momentos marcantes do município

A autora Nilza Maria Schmittz relembra a história do município, de 1951 a 2007.

Nilza Maria Hoinatz Schmittz é autora do livro “Salto do Lontra, História e Memória – 1951 a 2007”.

Nilza Maria Hoinatz Schmittz é um nome de destaque para o resgate da história de Salto do Lontra. Em 2007, ela lançou o livro “Salto do Lontra, História e Memória – 1951 a 2007”, resultado de um desafio proposto por Natalina Cancelier Koerich, na época secretária municipal de Educação, com respaldo do prefeito Luiz Carlos Gotardi e do vice Dalvo Koerich, em 2005.
A obra contou com a colaboração de diretores, professores e pedagogos de escolas municipais e estaduais, dirigentes, lideranças e presidentes de comunidades, bairros, instituições, secretarias e departamentos ligados à administração municipal e segmentos organizados. “Eles faziam os relatos e a coleta de informações e nos repassavam. Tais informações eram analisadas e muitas confrontadas com as informações obtidas através de entrevistas e outros recursos”, conta Nilza.
Também foram obtidas muitas informações a partir de entrevistas feitas com moradores do município e transcritas pela professora Fernanda Nuemberg Risso. “Somente dessa maneira conseguiríamos, no tempo que dispúnhamos, ler, pesquisar, realizar entrevistas e, a parte mais difícil, analisar as informações obtidas”, ressalta Nilza.

Sobre o que trata a obra?
O livro está dividido em quatro capítulos. O primeiro, “Aspectos históricos do Paraná e da região Sudoeste”, traz um breve relato a respeito da formação do Estado, salientando as disputas por terra, em âmbito internacional, com a Argentina, na conhecida “Questão de Palmas”, e em âmbito nacional houve uma disputa entre Paraná e Santa Catarina, conhecida como “Guerra do Contestado”. Por fim, o capítulo trata sobre a criação da Colônia Agrícola Nacional General Osorio (Cango), em 1943 e instalada sua sede em Francisco Beltrão. Assim, o presidente da República, na época, Getúlio Vargas, era garantir o povoamento do Sudoeste do Paraná e expandir a fronteira agrícola.
Contudo, por se tratar de terras da União, outras companhias agrícolas também se instalaram na região (CITLA, Apucarana e Comercial). Estava criada uma disputa pelas terras entre essas companhias que as vendiam e obrigavam os colonos a pagarem pela terra e a Cango, que as doava a quem desejasse ocupar e explorar economicamente. Isso ficou conhecido como “Levante dos Posseiros”, cujo ápice se deu no ano de 1957, quando os posseiros se revoltaram. Em 19 de março de 1962, o então presidente, João Goulart, criou o GETSOP (Grupo Executivo para as Terras do Sudoeste do Paraná), cuja maior finalidade era medir, demarcar e expedir as escrituras de terra em nome dos posseiros.

Segundo Capítulo
“Salto do Lontra: Primeiros tempos” trata especificamente do município, como a origem do nome, que faz alusão a uma queda d’água que havia num ponto no qual muitas lontras se banhavam, ficando inicialmente conhecido como Rio das Lontras. O povoamento mais efetivo ocorreu a partir de 1951, quando Nicolau José Inácio comprou uma posse de terra de Antonio Pinheiro e veio com sua família. A partir desta data começaram a vir mais famílias, especialmente de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, áreas mais densamente ocupadas, e como o número de filhos era grande e praticamente todos sobreviviam de atividades agrícolas, era preciso buscar novas terras.
Em agosto de 1961, de vila, Salto do Lontra foi elevado à categoria de Distrito de Francisco Beltrão, tornando-se município em 18 de fevereiro de 1964, ocasião em que Wilson José da Silva Nunes assumiu como prefeito.

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No terceiro capítulo
Em “Salto do Lontra: Outros Aspectos” são apontadas informações referentes a cada administração (até a data de publicação do livro), a promulgação da Lei Orgânica do Munícipio, que ocorreu em 5 de abril de 1990; aspectos geográficos e limites do município, bem como o desmembramento de Nova Prata do Iguaçu, que era Distrito de Salto do Lontra e, a partir de 1º de fevereiro de 1983, passou a ser administrado por Setembrino Tomazi. Nova Esperança do Sudoeste teve como primeiro prefeito Sebastião Salécio Costa, que assumiu em 1º de janeiro de 1993. Ainda neste capítulo encontram-se informações referente às datas históricas do município e seus símbolos, como bandeira, brasão e hino.

Quarto capítulo
“Nossa Terra, nossa gente” apresenta alguns dados relativos aos bairros, comunidades, instituições, secretarias e departamentos ligados à administração municipal e segmentos organizados existentes até a data de publicação do livro. “Acreditamos que a história de um povo não se faz senão pela soma das histórias, trabalho e esforço pessoal, contribuindo assim, cada qual a seu modo, para a formação de uma sociedade”, diz Nilza.

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