Diretora do Departamento de Educação explicou a situação.

Foto: Beto Rossatti
As fotos enviadas por um cidadão de Mariópolis chocam pelo simples fato de ver livros novos, ainda embalados, jogados no lixo. Dezenas de livros foram encontrados por quem esteve no lixão do município na quinta-feira, 16. Embora a cena possa chamar a atenção, há uma explicação para o caso.
Os livros são distribuídos pelo Fundo Nacional de Educação para todos os municípios do Brasil. O lote dos livros depositados em Mariópolis é do ano de 2014 e fora do prazo de validade para distribuição aos alunos da rede pública. Por isso, foram encaminhados para a reciclagem através de uma empresa especializada, que assinou um termo de compromisso com a escola.
Segundo a diretora do Departamento Municipal de Educação, Simone Perera, os livros não são da carga do município e pertencem à rede estadual. “Fui averiguar pessoalmente a denúncia e percebi que os livros estão sendo encaminhados para a reciclagem de forma correta, inclusive o diretor da escola estadual esteve no departamento e explicou por que o descarte foi realizado”, disse Simone.
De acordo com a diretora, a escola passou por reformas na biblioteca e fez o descarte dos livros com data de validade vencida para receber os novos. Os livros ainda embalados sobraram e não houve demanda para eles. Se existe algum problema, é de gestão do próprio Ministério de Educação, que manda livros além da necessidade do município.
Simone comentou que é natural as fotos gerarem indignação fora de um contexto. “Num País tão carente de cultura, não podemos mesmo admitir que livros sejam jogados no lixo, mas, neste caso, os livros didáticos são atualizados, e por isso precisam ser renovados de três em três anos, por orientação do próprio MEC”, justificou.