Movimento em Realeza começou de manhã e foi até o fim da tarde de ontem.

Foto: Tiago da Luz/Rádio Clube Realeza
Na manhã de ontem, dia 18, caminhoneiros do Sudoeste se reuniram em Realeza em uma manifestação organizada pelo Sindicato dos Transportadores Autônomos do Sudoeste do PR (Sinditac), no trevo entre as PRs 182 e 281. O movimento começou cedo, aconteceu no decorrer do dia, encerrou antes do fim da tarde e em nenhum momento do dia a rodovia ficou obstruída.
Carros e ônibus tiveram passagem liberada durante toda a manifestação. Segundo Gilberto Gomes da Silva, diretor do Sinditac, durante a manhã caminhoneiros chegaram a ser parados para que os manifestantes explicassem a situação. Depois foram orientados a esperar nos postos de combustível na proximidade. Ao meio-dia, todos os que esperavam foram liberados e o tráfego à tarde ficou completamente desobstruído, enquanto a manifestação continuou às margens da rodovia.
Gilberto afirma que essa foi a forma que o grupo decidiu utilizar para essa manifestação – pacífica e sem obstrução da rodovia. “As pessoas estão acostumadas com paralisação ou greve, mas não é isso. Nosso movimento é uma manifestação. Não queremos ser contra os produtores que precisam escoar seus produtos”, ressalta.
Além disso, o diretor do Sinditac diz que vários caminhoneiros que passaram na manifestação estavam viajando com as famílias, para aproveitar as férias escolares. “Não vamos também ficar pedindo para esses caminhoneiros com famílias esperarem na beira da estrada enquanto a gente se manifesta”, complementa.
Motivo das manifestações
De acordo com Gilberto, o protesto da tarde de ontem foi em apoio à manifestação que já aconteceu em Rondonópolis (MT) e em outros pontos do Brasil, como um clamor da classe dos caminhoneiros, que dizem que o setor não está pagando nem o suficiente para que eles deem conta das despesas.
Por isso, as manifestações pedem que a Câmara dos Deputados coloque em votação o projeto de lei que define um valor mínimo para o frete – o suficiente, pelo menos, para pagar os custos do transporte.
Atualmente, a Câmara está em recesso. As sessões devem voltar no início de fevereiro. Gilberto diz que o pedido é que assim que o recesso termine, a lei seja colocada em votação com urgência. Caso não haja uma resposta dos parlamentares, é possível que os motoristas voltem a se manifestar.