
ao lado de um artigo do estudioso Jorge Baleeiro
de Lacerda, no JdeB, sobre as antigas civilizações.
Professor aposentado, Ernesto Schaffrath, 71 anos, reside há 19 anos na comunidade de Água Branca, em Marmeleiro. Em sua casa, Ernesto coleciona moedas, máquinas registradoras antigas, de escrever, de somar, máquina fotográfica, relógios com cuco, moedas, arados, serras, e cédulas de cruzeiros, reais, cruzados, balanças, pedras semipreciosas, entre outras coisas. O professor, volta e meia, está tentando consertar as coisas antigas que possui e que estão estragadas. “É um hobby”, admite. Entre as coisas mais raras em sua coleção estão duas pedras que foram usadas por pessoas de antigas civilizações que habitaram a região.
Outra relíquia é um piano, de fabricação alemã, que comprou em São Paulo, no começo da década de 70. Como ele fez faculdade de sociologia e filosofia e durante a Ditadura Militar estas disciplinas foram excluídas da grade do ensino médio – científico à época -. Ernesto teve de fazer outra faculdade. Optou, então, por fazer Matemática na capital. E, para custear suas despesas, teve de se desfazer do instrumento aqui na região.
Há três anos, ao ver um anúncio nos classificados JdeB, de venda de um piano em Francisco Beltrão, ele foi ver e era aquele que vendera há cerca de 40 anos. Nem penchinchou, foi logo pagando e levando para sua casa a relíquia. Colocou-o na sala de estar. No entanto, o piano precisa de conserto de uma ou duas teclas. Mas, no geral, está em bom estado. Ernesto diz que, com o tempo, quer construir uma “espécie” de ateliê para expor suas preciosidades e relíquias.
As pedras antigas
Tempos atrás, ele encontrou duas pedras, uma delas lascada e outra com formato de machadinho indígena. “Das pedras que eu tenho, essa pedra lascada é a mais preciosa”, diz, mostrando estas raridades. As pedras foram usadas por antigas civilizações que povoaram a região. Ernesto observa que “é interessante, porque aqui tem história”. Ele gostaria de conversar com um pesquisador para mostrar as pedras e descobrir a idade delas.
Um artigo publicado pelo estudioso Jorge Baleeiro de Lacerda, no JdeB, abordou aspectos ligados à presença do homem na região há dez mil anos. Isso aguçou seu lado de curioso.


com o “cuco”.