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sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

Movimento se posiciona contra o pedágio

Eles querem a redução do número de praças de seis para três e valor máximo da tarifa de R$ 1,50.

 

Caminhões trafegando pela PR-280, próximo à entrada para o Bairro São Miguel.

 

Nasceu nesta semana um movimento regional, através do Whatsapp, que defende a redução drástica dos valores que estão sendo propostos como tarifas de pedágio ou o fim do projeto. Os organizadores estão se mobilizando através das redes sociais e agendaram um manifesto para o dia 21 de dezembro, quarta-feira, às 17h30, na PR 280, próximo ao Posto Toscan, entre Marmeleiro e Renascença, com objetivo de chamar ao debate às autoridades políticas do Paraná. A rodovia será fechada para passagem de veículos durante duas horas.
“Não podemos dizer que seremos totalmente contra porque é difícil derrubar um projeto já sancionado pelo governador, mas podemos brigar sim pela redução das praças de pedágio, colocando três praças, e não seis, com valor máximo e R$ 1,50 cada veículo”, salienta Roberto Conte, investigador particular e um dos idealizadores do movimento. 
Segundo ele, pelo projeto inicial estão previstas quatro praças de pedágio entre Realeza e Pato Branco e depois mais duas entre Pato Branco até o trevo de Horizonte. “A população mais prejudicada é a população de Pato Branco a Realeza, então precisamos lutar por isso e se conseguir até acabar com esse pedágio e cobrar do governo que mantenha as estradas em dia, porque a gente paga IPVA? É um absurdo, todo mundo paga, e cadê esse dinheiro do IPVA?”, reclama. 
Conte diz que há poucas informações concretas sobre o pedágio e se queixa da falta de debate com a população. “Esperamos que as autoridades venham se posicionar e discutir o projeto junto com a população e não só entre quatro paredes. E não adianta em uma audiência pública como fizeram com convocação de última hora que ninguém fica sabendo.” 
Nos dias 7 e 8 deste mês foram realizadas audiências públicas em Pato Branco e Francisco Beltrão, respectivamente, com representantes do Governo do Estado para colher sugestões sobre o projeto do pedágio. Diversas ideias foram colhidas e haverá uma reunião entre técnicos do DER e técnicos indicados pelas entidades da região com intuito de aprofundar detalhes do projeto. 
Conte disse que mora em Marmeleiro e se posicionou contra a construção de um contorno por fora da cidade, alegando que vai prejudicar o comércio local. “Cerca de 30% do faturamento do comércio local é referente a quem passa aí na rodovia. O que eu sugiro é que se façam trincheiras dentro da cidade, como por exemplo, essa rua aqui da Caixa Econômica, que se faça uma trincheira, elevando a pista, e que passe do outro lado com as laterais pros dois lados, não precisa gastar milhões de reais para fazer um contorno se há solução.” Uma audiência pública exclusiva no município de Marmeleiro será realizada para ouvir as lideranças locais, mas ainda não há data marcada. 
 O empresário Eleomar Morelato, de Pato Branco, diz que espera que o movimento tenha repercussão estadual, “pois o povo não está aguentando mais essa sangria do governo. Só neste ano tivemos aumento de 30% no IPVA, que teria como fim a manutenção e ramificação de novas rodovias”. Conforme disse, a estratégia é gerar manifesto de repúdio contra o pedágio e também contra os políticos. Ele é um dos coordenadores regionais do movimento.

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Deputado Luersen defende plebiscito sobre pedágio na PR-280

Da assessoria – O deputado estadual Nelson Luersen (PDT) defendeu, em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, a realização de um plebiscito sobre a implantação do pedágio na PR-280, no Sudoeste do Paraná. Para Luersen, essa seria a forma mais democrática de ouvir a opinião da população sobre o modelo a ser implantado e o impacto da concessão na economia da região. 

Na semana passada, o parlamentar participou de audiências públicas em Pato Branco e Francisco Beltrão, nas quais o Governo do Estado e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/PR) apresentaram a proposta de concessão à iniciativa privada por 25 anos do trecho entre Realeza (Marmelândia) e Palmas (Trevo de Horizonte). Segundo Luersen, a tarifa cobrada pela proposta do DER deverá ser de até R$ 11,50 a cada 100 quilômetros para automóvel ou por eixo de veículo de carga. 

Muitas dúvidas
“Ao final das duas audiências públicas, pudemos perceber que a população saiu com muitas dúvidas e, na sua grande maioria, insatisfeita com o preço da tarifa, que é quase igual à do Anel de Integração”, alerta o deputado. “Sem contar que de Pato Branco a Marmelândia nós teremos quatro praças de pedágio em um trecho de 140 quilômetros. E no outro trecho de 144 quilômetros de Palmas até Pato Branco teremos mais duas praças de pedágio. Se for dividido por praça de pedágio, de Pato Branco a Realeza, o usuário irá pagar mais de R$ 15 a cada 100 quilômetros. Se for dessa maneira, será um verdadeiro absurdo”, afirma.

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