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Francisco Beltrão
quarta-feira, 28 de maio de 2025

Edição 8.214

29/05/2025

Município Salgado Filho se destaca no combate ao mosquito Aedes aegypti

Município está entre os seis da região de Francisco Beltrão que não registraram infestação com o mosquito.

 Em 2015, o Brasil registrou números preocupantes relacionados ao Aedes aegypti. O mosquito que transmite a dengue, o zika vírus e a febre chikungunya apareceu em índices altos de infestação por todo o país.
Nos municípios atendidos pela 8ª Regional de Saúde (27 municípios na região de Francisco Beltrão), por exemplo, o coordenador de Vigilância em Saúde, Benvenuto Juliano Gazzi, apontou índices muito altos de infestação e um número preocupante de casos de dengue. Registraram-se neste ano 1.638 casos da doença – uma diferença enorme se comparado com 2014, quando se registraram nove casos. 
Neste ano, todos os 27 municípios registraram a presença do mosquito em algum momento do ano, e apenas seis não tiveram infestação, que é quando o Aedes aegypti está presente durante o ano todo: Renascença, Flor da Serra do Sul, Manfrinópolis, Nova Esperança do Sudoeste, Eneas Marques e Salgado Filho.

Destaque de Salgado Filho
Entre estes seis, o coordenador regional da 12º Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Corpedec), major Antônio Shinda, falou sobra a situação de Salgado Filho. Além de não registrar infestação, o município teve apenas um caso de dengue, mas importado, de um rapaz que foi afetado pela doença em Dois Vizinhos e foi tratado em Salgado Filho.
Segundo o major Shinda, o município se destacou no combate ao mosquito por apresentar grande envolvimento da prefeitura e um bom trabalho realizado pelos profissionais de saúde com a população.
Por isso, o secretário de Saúde de Salgado Filho, Helton Pfeifer, foi convidado para uma palestra no 2º Simpósio Regional de Proteção e Defesa Civil, realizado em Francisco Beltrão, no dia 16 de dezembro, que reuniu pessoas de todos os municípios da região para trabalhar pelo controle de endemias (mais informações no box).
Entre outros profissionais envolvidos na saúde e empenhados no combate ao mosquito, Helton apresentou um pouco do trabalho realizado. O major Shinda comenta que “o objetivo era utilizar exemplos de cidades como Salgado Filho, que tem sido bem sucedida no combate ao mosquito, para discutir soluções”. No entanto, para o secretário, o município não fez nada de muito diferente no combate, apenas se empenhou no trabalho realizado. Segundo ele, este trabalho é feito em três campos. Em primeiro lugar, a conscientização, principalmente junto às crianças nas escolas, que vão para casa e cobram dos pais.
Em segundo lugar, o município investiu na fiscalização. Helton conta que, quando os agentes visitam alguma casa que tem um foco de dengue, eles já notificam o morador e cobram a limpeza, sob o risco de aplicação de multa. “E no fim nem precisamos multar, porque, quando os agentes ficam cobrando, os moradores acabam limpando o terreno”, afirma o secretário.
E o último elemento apontado é a intensidade com que o município trata o assunto. Apesar de ter apenas dois agentes da dengue, Helton garante: “Todos os outros agentes também falam da dengue, os médicos falam da dengue, todo mundo da saúde sempre está tratando do assunto”.

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