Tem paróquias que possuem quatro,
seis e até nove capelas que festejam
dia 12 de outubro; chega a faltar
padres para as celebrações.
ano não poderá aglomerar tanta gente, como
nesta foto de 12 de outubro de 2006.
Das mais de 1.000 capelas da Diocese de Palmas-Francisco Beltrão, perto de 90 têm como padroeira a mesma do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, que é comemorada em 12 de outubro, próxima segunda-feira. Neste ano, devido à pandemia, há restrições para aglomerações, mesmo assim estão confirmadas novenas, missas e peregrinações.
Recente relatório de capelas obtido pelo Jornal de Beltrão na secretaria da Diocese em Palmas mostra que, nos 42 municípios do Sudoeste (com 46 paróquias), poucos não têm Nossa Senhora Aparecida como padroeira. Somente alguns dos mais novos, como Bela Vista da Caroba, Bom Sucesso do Sul, Coronel Domingos Soares, Cruzeiro do Iguaçu e Pinhal de São Bento, talvez porque, ao serem desmembrados dos municípios-mães, ficaram com a parte que tem outros padroeiros. Nos demais, chega a ter quatro (como Capanema e Clevelândia), seis (Ampere e Palmas), sete (Mangueirinha) e até nove capelas de Nossa Senhora Aparecida (Chopinzinho)*.
Em anos normais, os padres de Chopinzinho programavam celebrações de manhã, à tarde e à noite e mesmo assim não conseguiam atender todas as capelas de Nossa Senhora Aparecida ligadas à matriz de São Francisco de Assis. “Eles sabem que não conseguimos atender todos nesse dia, em algumas capelas os ministros fazem a celebração”, informa o frei Diomedes Pasi.
Neste ano, devido à pandemia, as celebrações vão se concentrar mais no bairro de Nossa Senhora Aparecida e na matriz. O tríduo começou ontem à noite, hoje a imagem de Aparecida será levada para a matriz e segunda-feira volta para o bairro, com missa às 8h30 e bênção dos carros.
Em Mangueirinha, mesmo que os padres quisessem, neste ano não poderiam atender todas as capelas de Aparecida. Um decreto municipal permite celebrações somente na Matriz Imaculada Conceição, segundo informa o pároco, padre Ademir Wickert. Ele não sabe dizer como seria o atendimento em ano normal, pois chegou ao município em fevereiro deste ano, mas acredita que várias capelas poderiam ter celebrações, pois a paróquia tem três religiosos: os padres Ademir e Simão Pedro Claudino dos Santos e o diácono Rodrigo Fernando Tascheck.
Carinho especial
pela mãe de Deus
Por que tantas capelas com essa padroeira? “Na verdade – diz o padre Carlos Martins, de Capanema –, o povo tem um carinho muito grande com a mãe de Deus e, de maneira especial, com Nossa Senhora Aparecida, que é a padroeira do Brasil. Para nós, esse é um dos momentos mais marcantes e fortes de nossa paróquia.”
As celebrações deste ano vão se concentrar na capela de Duas Barras e na matriz do Sagrado Coração. Ainda segundo padre Carlos, as capelas da Linha Carboni e Santa Clara são próximas da cidade de Capanema e, no caso da Linha Carboni, Nossa Senhora Aparecida é copadroeira com Santa Edwiges.
Está programada para a tarde deste sábado uma bênção aos romeiros que irão para a romaria de Santa Izabel do Oeste. Faz anos que isso acontece. Mesmo em tempos de pandemia, o grupo mantém a tradição de manifestar sua fé; uns vão de carro, outros vão a cavalo e uns vão a pé. Saem de casa preparados para caminhar de dia e boa parte da noite até chegar ao santuário, que fica a mais de 30 quilômetros de distância.
Milhares de peregrinos
em Santa Izabel do Oeste
A pandemia deixa os organizadores da romaria de Santa Izabel do Oeste mais comedidos na previsão de romeiros que recebem todos os anos para as celebrações de Nossa Senhora Aparecida. Pela primeira vez, não serão permitidas aglomerações no santuário, local que já recebeu até 60 ou 70 mil pessoas; caravanas de peregrinos chegam de todas as cidades da região e até do Oeste do Paraná. Mesmo com as restrições da pandemia, segundo informações do padre Oldemar José Weber, a cidade poderá receber de 15 a 20 mil pessoas neste fim de semana que emenda com o feriado religioso da segunda-feira.
A novena de Aparecida começou dia 3. O dia da padroeira inicia com uma missa, à zero hora, na matriz de Santa Izabel da Hungria. Outra missa às 9h30 e, às 14h30, celebração da saúde. “Nós estamos convidando as famílias para cada uma fazer de seu lar um santuário de Maria”, diz o padre Oldemar.
20 anos da paróquia
do Alvorada
No Bairro Alvorada de Francisco Beltrão, estão sendo comemorados os 20 anos da criação da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. A programação religiosa começou dia 1º e continua até domingo, sempre às 19h30. Dia 1º, a pregação foi do bispo dom Edgar Ertl, seguindo-se um pregador por noite. Hoje, será com o padre Nilzeu Garcia de Albuquerque; amanhã, com Tarciso Camilo de Santana.
Para o Dia de Aparecida, segunda-feira, foi programada uma carreata que sai às 9 horas do Parque Alvorada; missa às 10 horas na matriz e, às 11 horas, distribuição da eucaristia em drive trhu (as pessoas recebem as hóstias dentro de seus carros).
