17.3 C
Francisco Beltrão
sábado, 31 de maio de 2025

Edição 8.216

31/05/2025

Nova Esperança do Sudoeste: Comunidade festeja colonos e motoristas

 

Muitas pessoas foram à 36ªFesta dos Colonos e Motoristas do Rio Gavião.

 

A comunidade do Rio Gavião, em Nova Esperança do Sudoeste, promoveu no domingo, 27, a 36ª Festa dos Colonos e Motoristas. O dia estava muito bonito e o sol brilhando desde cedo, tudo prenunciando uma bela festividade. O evento é um dos mais tradicionais do município e reuniu cerca de 2 mil pessoas. 

- Publicidade -

A comissão organizadora estima que foram comercializados mais de 1.300 quilos de carne bovina e suína. A chegada dos cavaleiros com a imagem de Nossa Senhora Aparecida ocorreu por volta das 10 horas. Eles foram recebidos pelo padre Jorge Schafaschek que realizou a benção e na sequência celebrou a santa missa com cânticos e ofertório de produtos coloniais. À tarde houve matinê com a banda Ébanos. 

Para o prefeito Jair Stange, que é natural da comunidade e por diversas vezes trabalhou na organização da festa, o grande diferencial do Rio Gavião é a união dos moradores. “Toda a comunidade se envolve, aqui todos são unidos. Além de valorizar a data dos Colonos e Motoristas, é uma confraternização que está cada vez mais forte e organizada.” 

O Rio Gavião tem vocação econômica para a produção de leite. Segundo o prefeito, o município produz 26 milhões de litros/ano e só a comunidade responde por até 40% deste volume. Jair afirma que a comunidade não sofre com o êxodo rural, até porque, as pessoas que saem para morar na cidade continuam mantendo o vínculo com a propriedade.

Como começou
Altair Sebold, presidente da comunidade, relatou que os organizadores trabalham seis meses para preparar a festa. Ele é um dos pioneiros do Rio Gavião e recorda que a festa começou com a participação de 25 famílias. “Cada grupo fazia uma barraca e realizávamos um almoço comunitário, com o tempo foi crescendo e virou uma das maiores festas do município.” 

Residem no local em torno de 130 famílias com descendência predominante de italianos e alemães. Altair conta que a comunidade existe há aproximadamente 55 anos e no passado era muito bem estruturada com hotel, serraria, moinho e mercado. “Aqui era fim de linha, existia um ônibus, o Já que Tá que Vá, que vinha de Francisco Beltrão e parava aqui.” 

O festeiro Osvaldo Giordani, produtor de leite, ajudou organizar o estacionamento dos veículos, e na opinião dele, a festa se tornou sucesso porque as pessoas são humildes e não se incomodam em colaborar. Conforme disse, ocorreram algumas alterações neste ano. O café colonial deixou de ser servido no sábado à noite, porque exigia muito das equipes de trabalho que no domingo de manhã tinham que acordar logo cedo para espetar a carne e organizar a festa. 

Mudança de data
A festa do Rio Gavião era conhecida por ocorrer religiosamente no dia 25 de julho, independente de ser dia da semana, mas nos últimos três anos a comissão organizadora foi forçada a mudar em razão das dificuldades que impunha ao comércio. “Nas outras cidades não era feriado, então ficava muito difícil para o pessoal daqui que precisava receber mercadorias.” Ele conta que a diretoria pretende usar os recursos da festa para construir uma churrasqueira mais ampla e coberta. Recentemente, a comunidade investiu R$ 39 mil para adequar o centro comunitário nas normas contra incêndio do Corpo de Bombeiros. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques