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Francisco Beltrão
sexta-feira, 30 de maio de 2025

Edição 8.215

30/05/2025

”O amor é psicoterapia, quem ama tem doença, mas não adoece”, diz Divaldo

O médium reuniu cerca de 2.500 pessoas no Clube Pinheiros.

 

Divaldo Pereira Franco, orador espírita, atendeu ao público, em Pato Branco.
O Clube Pinheiros ficou pequeno para as 2.500 pessoas que desejavam assistir à sua palestra. 

 

Com capacidade para 1.200 pessoas, o Clube Pinheiros, em Pato Branco, ficou pequeno para as 2.500 pessoas da região, que desejavam assistir à palestra de Divaldo Pereira Franco, sexta-feira, 30, à noite. Aos 90 anos, Divaldo falou com seriedade, alegria e bom humor, apesar das dores. A recomendação médica era de repouso absoluto, mas por causa de compromissos no Paraná – na última semana ele esteve em Foz do Iguaçu, Cascavel e Pato Branco -, fez “repouso relativo” e palestrou sentado.
“Nosso objetivo, na doutrina libertadora, está acima dos limites orgânicos e é natural que o espiritismo nos merece qualquer esforço, mesmo que seja no sentido de um cilício [suplício] de amor, pela sua divulgação”, declara Divaldo. Dr. Alan Archetti, diretor do Departamento Doutrinário da 14ª União Regional Espírita (URE), entregou-lhe uma placa em homenagem aos 70 anos como orador espírita e aos 64 anos de vindas ao Paraná, de forma ininterrupta, desde 1954. 
Dr. Alan lembra que o orador espírita veio pela primeira vez a Pato Branco no final da década de 70, no antigo Cine Guarani, trazido na época pelo anfitrião Dr. Trajano, juiz de direito da comarca de Pato Branco, assessorado por Guaraci Paraná Vieira e Franklin Wagner. 
Marcelo Archetti, finalista do The Voice Brasil de 2015, também homenageou o palestrante com quatro canções, sendo uma de sua autoria “Do que vi ontem”. 

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Divaldo Franco; Alan Archetti; diretor do Departamento Doutrinário da 14ª URE; Ubiratan Archetti, 1º vice-presidente da 14ª URE e da Sociedade Espírita Fraternidade; Luís H. da Silva, 2º vice-presidente da FEP; Melcíades Celescano, da Federação Espírita do Paraguai; Ivan Lima, presidente da 14ª URE; e Delfina Ferrarini,
presidente da Sociedade Espírita Fraternidade. 

 

Depressão no ano de 2025
O espiritismo é ciência, filosofia e religião, seguindo a palavra de Cristo, como na passagem “amar ao próximo como a ti mesmo”. Divaldo observa que, para amar o outro é preciso desenvolver o autoamor, que é a busca da iluminação interior, é a busca do conceito de Sócrates: “Conhece-te a ti mesmo”. “É viagem interior recomendada pela moderna psicologia. O amor é psicoterapia: Quem ama, não adoece. Quem ama tem doença, mas não adoece.”
Divaldo enfatiza que a depressão é a maior pandemia do século 20. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu que, em 2025, a depressão será a segunda maior causa de morte, através de suicídio, perdendo apenas para as cardiopatias. Isso acontece porque perde-se o sentido da vida, há um vazio existencial, cuja libertação é o suicídio. “Isso acontece porque abandonamos as tradições da família, criamos o individualismo, o sexismo e o consumismo.”
O médium ressalta o costume de usar o Facebook para comunicar ao mundo o que estamos fazendo e, muitas vezes, não vemos o que acontece dentro de casa, a dor do pai ou da mãe, a solidão e a angústia. “Perdemos a visão para o outro, que está ao nosso lado, mas estamos no Whatsapp, procurando a realização fora da realidade. O espiritismo vem criar uma nova ordem: usemos o zap, mas amemos quem está perto de nós. Devemos sair do ego.” Divaldo encerra 1h20 de palestra falando sobre o quanto ódio, ciúme e vingança são destrutivos e o quanto o amor dá alegria de viver.
Lenise Cristina Fernandes, presidente do Centro Espírita Mensageiros da Paz, de Beltrão, comenta que o evento foi inesquecível para todos que tiveram oportunidade de assisti-lo, ao vivo ou via internet, ultrapassando as fronteiras da comunidade espírita regional, com a presença de pessoas de outros Estados e de diversas religiões. “Divaldo nos oportunizou uma grandiosa oportunidade de reflexão, não só a partir de sua fala, mas de seu exemplo pessoal, vencendo todas as dificuldades físicas para atender ao compromisso a cada pessoa que o procurou em busca de um autógrafo, um cumprimento, uma palavra de ânimo. Ele se converteu no exemplo prático de abnegação, humildade e devotamento ao bem.”

Com capacidade para 1.200 pessoas, o Clube Pinheiros, em Pato Branco, ficou pequeno para as 2.500 pessoas da região.
Muitos assistiram a palestra em pé.
Fotos: Fotos: Leandra Francischett/JdeB

 

 

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