O jornalista Beto Rossati passou a fazer parte do quadro de funcionários da Rede Celinauta quando tinha 14 anos.
lança neste domingo o livro “Rádio Celinauta – uma voz forte
em meio à Revolta dos Posseiros”.
Nascido em Pato Branco na década de 60, Roberto Ivan Rossati desde muito cedo teve a vida ligada à igreja. Foi com o Movimento Leigo Jovem que Beto começou sua carreira no rádio. Através do grupo, ele era um dos locutores do programa “Molejo” apresentado aos sábados na Rádio Pato Branco, hoje Rádio Cidade, e foi por meio dele que surgiu o convite de Frei Paulo, diretor da Rede Celinauta na época, para que Beto, então com 14 anos, passasse a fazer parte do quadro de funcionários da Rádio Celinauta AM.
“Eu achei que ele estava brincando, mas voltei correndo pra casa e contei pra minha mãe que ia começar a trabalhar na rádio. Ela achou que era uma piada. E na segunda-feira seguinte comecei a trabalhar. Na época eu fazia parte da redação com a decupagem dos programas das rádios Guaíba, Globo e Gaúcha”, relembra o comunicador, que já atua há mais de 30 anos na área. Mais tarde, o talento de Beto passou a ser aproveitado também na TV Sudoeste.
Foi esta convivência diária com a igreja e a comunicação que fez com que Beto, em seu trabalho de conclusão da faculdade de Jornalismo, no ano de 2004, abordasse o tema “A influência do rádio na construção social do Sudoeste do Paraná” e que há cerca de dois anos também o estimulou a iniciar o projeto do livro “Rádio Celinauta – uma voz forte em meio à Revolta dos Posseiros”, que será lançado neste domingo, às 10h30 na Igreja Matriz São Pedro, durante as comemorações pelo padroeiro de Pato Branco.
Beto prefere deixar o conteúdo do livro como surpresa para os leitores, mas adianta que o trabalho foi desenvolvido após muita pesquisa em livros sobre o tema, decupagem de matérias produzidas pela Rede Celinauta ao longo dos anos e entrevistas com pioneiros que viveram aquela época. “Trouxe todo este acervo, esta bagagem histórica e fui colocando nas páginas do livro que estamos lançando. Sobre a história da Rádio Celinauta no processo de construção do Sudoeste do Paraná e também sobre a influência dos freis franciscanos no processo de construção da história da comunicação social da região”, explica.
Segundo o autor, a Rádio Celinauta teve papel preponderante na Revolta dos Posseiros e diversos documentos e obras consultadas para o livro apontam isso. “Tinha vontade de produzir uma obra em que a Celinauta, e o rádio, ficassem registrados para a posteridade, mas não sou um escritor, apenas instrumento de registro de uma história que já foi contada pelos pioneiros. Todos os trabalhos e entrevistas já realizadas até hoje eu sintetizo neste livro.”
O comunicador conta que o livro terá tiragem inicial de três mil exemplares, mas destaca que os locais de venda ainda não foram definidos. Beto agradece aos freis franciscanos e à Fundação Cultural Celinauta, que possibilitaram a edição e publicação da obra.
