Baixo impacto ambiental foi um dos motivos para construção da primeira usina do grupo Bandeira, de Marmeleiro, e Zanella, de Renascença.

A nova usina deverá produzir energia elétrica a partir de novembro.
Foto: Alexandre Baggio/JdeB
Está em construção a Central de Geração Hidrelétrica (CGH) em Cruzeiro do Iguaçu. A usina é um empreendimento do grupo Bandeira, de Marmeleiro, e Zanella, de Renascença no Rio Chopim. A obra começou com os acessos em outubro do ano passado e está praticamente pronta. Até o final deste mês espera-se que seja concluída a construção do canal, para então iniciarem as obras da casa de força – que abrigará a turbina e o gerador.
A energia vai ser gerada pelas quedas naturais do Rio Chopim, com aproximadamente 18 metros, e a usina terá potência de 3 megawatts. A CGH está sendo instalada na propriedade de Generozo Ribeiro de Oliveira, na Linha Mariot e a empresa responsável pelas obras é o pelo Grupo Construnível, de Xanxerê (SC). A expectativa é que em novembro deste ano a usina esteja gerando energia.

também contribui para esta ser a primeira usina do grupo.
Foto: Lígia Tesser/JdeB
Jairo Bandeira, um dos proprietários da usina, informa que a área afetada para fazer todo o arranjo é de meio hectare, espaço considerado muito pequeno, sem provocar muito impacto ambiental.
“Lá não tinha árvores, era pastagem, então praticamente o dano ao meio ambiente é mínimo, nem a vegetação que fica na margem do rio foi afetada”, garante.
As características do Rio Chopim também foi um atrativo para os empresários. Ele é o maior rio da região e com a maior bacia. Estes fatores deram garantia de água para a construção do empreendimento.
A energia produzida pela usina será enviada para a subestação de Dois Vizinhos, que fica a 18 km de onde está sendo instalada a CGH. A turbina foi adquirida da empresa Hacker, de Xanxerê (SC) e toda parte de automação será da Flessak, de Francisco Beltrão. “Escolhemos as empresas mais pela credibilidade delas do que a distância, claro que a distância favoreceu muito, mas o que pesou primeiro na escolha foi a credibilidade das empresas, as duas têm muito tempo de atividade, fazem obras no Brasil inteiro”, enfatiza.
Como tudo começou
Há muitos anos, a equipe da empresa Electra Energia, de Curitiba – pioneira no ramo -, havia convidado Jairo Bandeira para desenvolver alguns estudos nos rios da região. “A parceria com eles não avançou, porque a empresa tomou outro rumo, foi então que a gente acabou montando esse grupo, que é praticamente nós aqui e o pessoal da Mazp de Renascença e a Construnível, que é a empresa que fez tudo pra nós, desde os projetos civis à execução da obra”, lembra Jairo.
O empresário cita o desafio do empreendimento também como um fator motivador para entrar no negócio. “Talvez seja a atividade mais regulamentada que tem no país, não sei se tem atividade mais regulamentada do que a de energia. É um desafio, se tem muitos anos de projeto até chegar na fase de construir a usina, é um investimento promissor também”, acrescenta.
Mais usinas
Para o grupo, esta é a primeira usina, mas já há estudos para construção de mais unidades. Eles contam com licença prévia no Rio Lontra, em Salto do Lontra, onde a usina planejada será de 1 megawatt e, há parceria para instalação de outra usina no Rio Chopim, também com licença prévia em Itapejara D’Oeste.
Na comunidade de Água Branca, há estudos de viabilidade no Rio Marmeleiro, no município que leva o mesmo nome.