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Francisco Beltrão
domingo, 29 de junho de 2025

Edição 8.235

28/06/2025

Paralisação de caminhoneiros continua em apenas um município do Sudoeste

Bloqueio em Realeza formou cerca de seis quilômetros de fila na tarde de ontem.

 

Trânsito em Clevelândia foi aberto na noite de quinta,
mas pneu queimou até a manhã de ontem.
Foto: Beto Rossatti

No 4º dia de manifestação de caminhoneiros pelo País, apenas um município do Sudoeste tem ponto de bloqueio. A manifestação começou na terça-feira, e os motoristas chegaram a fechar rodovias em Nova Prata do Iguaçu, Clevelândia e Realeza. Houve também um princípio de bloqueio em Marmeleiro, mas, segundo a Polícia Rodoviária de Francisco Beltrão, não houve paralisação.

O bloqueio em Nova Prata foi suspenso ainda na terça-feira. O de Clevelândia, que se formou na quinta-feira durou até a noite do mesmo dia. O único ponto de bloqueio que segue é em Realeza, com motoristas paralisando trevos de saída da cidade nas rodovias PR-182 e PR-281. Não há previsão para o término dessa manifestação e, na tarde de ontem, a Polícia Rodoviária em Realeza indicou que a manifestação chegou a causar uma fila de cerca de 6 quilômetros. Apesar disso, os policiais dizem que a manifestação é tranquila, com apenas algumas discussões, mas nada sério. A previsão era de liberação do trecho à meia-noite, mas a previsão era de recomeçar na manhã de hoje.
A manifestação é contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, por mais segurança nas estradas (não ao corte de verbas da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal), aprovação do preço mínimo do frete e aposentadoria diferenciada para caminhoneiros. 
Além disso, condena a corrupção nas várias esferas governamentais. Lideranças ainda indicam que a manifestação deveria ser feita por toda a sociedade, já que o aumento dos impostos e a corrupção são problemas que afetam a todos.

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Caminhoneiros liberam bloqueio em Clevelândia

Por Beto Rossatti 
O dia de ontem amanheceu com filas quilométricas e trânsito lento na PR-280, entre Mariópolis e Clevelândia. Caminhoneiros que passaram a noite estacionados no trevo de Clevelândia retomaram a viagem na manhã de ontem. Uma fogueira ardeu durante toda a noite, bloqueando a pista. Na manhã de ontem ainda havia fogo e um monte de pneus na beira da pista, e o trânsito fluía ainda vagarosamente. 
A comissão de greve acredita que mais de 500 caminhões ficaram parados no bloqueio que em determinadas horas da noite não permitiu sequer a passagem de ônibus e carros. Sargento Jairo, da 6ª Companhia de Polícia Rodoviária Estadual, destacou que o bloqueio só foi liberado às 23 horas, quando a polícia interviu. Em alguns momentos a situação ficou tensa, com caminhoneiros que preferiam seguir viagem na noite fria, o que exigiu grande sacrifício de todos obrigados a ficar parados. 
O caminhoneiro Celso Santos, dois anos de estrada e um dos líderes do movimento, disse que a classe está agindo na defesa de toda a sociedade, que está castigada pela corrupção, impostos e inflação. “A gente sabe que é um sacrifício ficar na beira da estrada, mas se não agirmos onde vamos parar com tanto desmando neste País?”, desabafou. Até o fechamento desta edição o trânsito fluía normalmente na PR-280.

 

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