Dados do Caged apontam maior empregabilidade no município tanto no mês de março, quanto no primeiro trimestre do ano. A indústria da transformação.

Na quinta-feira, 23, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgou o saldo de empregos dos municípios brasileiros. No Sudoeste, o saldo dos últimos três meses foi de 2.640 empregos. No ranking acumulado do trimestre da região, Pato Branco ficou em primeiro lugar com a criação de 859 novas vagas, seguido de Palmas com 699 novos empregos e Dois Vizinhos com 234 empregos. Francisco Beltrão fechou com um baixo desempenho na geração de empregos – 8º lugar – do saldo acumulado do trimestre, com somente 66 empregos. O município ficou atrás de São João, Ampere, Santo Antônio do Sudoeste e Itapejara D’Oeste.
No acumulado do primeiro trimestre de 2015, o Paraná registrou a criação de 25.678 postos de trabalhos formais. Em relação à geração de emprego dos outros municípios do Estado, Pato Branco ficou em 7º lugar. Somente em relação às vagas criadas em março, Pato Branco ficou em sexto lugar, com 471 novas vagas, atrás de Curitiba (896), Cascavel (890), Paraíso do Norte (541), Paranacity (474), Londrina (473) e na frente de Ortigueira (467), Ivaté (356), Tapejara (353) e Maringá (344).
Em Pato Branco, os setores que mais empregaram em março foram a indústria da transformação (254 vagas) e a construção civil (166 vagas). No acumulado do ano, construção civil criou 325 vagas e a indústria da transformação 216 novos empregos. Para o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Osmar Braun Sobrinho, os resultados de Pato Branco são reflexo dos serviços contratados ainda no ano passado. “Acredito que isso seja resultado da continuidade do cumprimento de contratos, quando a econômica ainda estava mais aquecida. A partir de agora, acho que haverá uma retração desses números até chegar numa normalidade. A crise vai refletir nos municípios pequenos também e toda precaução nesse momento é justificável”, analisa Osmar.
No mês de março, Francisco Beltrão criou 76 novos empregos. No Paraná foram criados 10.174 empregos novos com carteira assinada, representando 52,8% das vagas geradas em todo o país. O interior do Estado liderou a criação de novas vagas. No Brasil, o saldo foi de 19.282 postos de trabalhos abertos.
Jovelina Chaves, secretária de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Beltrão, diz que não foi uma surpresa o baixo resultado do trimestre (66 empregos) e que a boa empregabilidade de março já mostrar uma normalização na geração de empregos. “Analisando a última década, nós percebemos que nos meses de janeiro e fevereiro a contratação de mão de obra é menor historicamente no município. Ainda mais num ano de crise, é compreensível que o empresário fique mais contido. A gente percebe que a partir do próximo mês vai ser melhor e tem espaço, mas a indústria reclama da falta de mão de obra qualificada. Por outro lado, este ano já abrimos mais de 170 Meis (Microempreendedores Individuais) e o setor de serviços continua sendo o que mais emprega aqui”, esclarece Jovelina.
“Os números do Caged mostram a consistência de nossa política de industrialização”, afirmou o governador Beto Richa. “Apesar da retração da economia nacional, o Estado mantém um bom índice de geração de empregos com carteira assinada, principalmente em função do programa Paraná Competitivo, que continua atraindo empresas e investimentos produtivos”, disse o governador.
A secretária estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, destacou a importância da política adotada pelo Governo do Estado para a industrialização e desenvolvimento econômico. “Apesar da situação desfavorável que a economia brasileira atravessa, o Paraná, mais uma vez, deu mostras de seu poder de reação”, comentou. “A posição de liderança paranaense no ranking nacional da geração de novos postos de trabalho atesta que nossa política de criação de empregos, estimulando a economia em todas as regiões, é a mais acertada e deve ser continuada”, afirmou.
O diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Julio Suzuki, ressaltou o dinamismo do interior do Estado nos bons resultados alcançados. Segundo ele, no primeiro trimestre deste ano o interior registrou 88% dos novos empregos do Paraná. “O desempenho do interior confirma o êxito das políticas de desenvolvimento do Estado, voltadas à redução das desigualdades regionais”, disse.
Mais empregos no interior
Entre as regiões que se destacaram na geração de empregos formais destacam-se a Noroeste (2.743), Oeste (1.655) e Região Metropolitana de Curitiba (1.626).
Suzuki também ressaltou a capacidade do Paraná de manter baixa a taxa de desemprego. “Mesmo sendo responsável por apenas 5% da população brasileira, o Paraná vem respondendo por significativa parcela dos novos empregos do País”.
Setores que mais empregaram
O setor que mais criou postos de trabalho em março, no Paraná, foi o de serviços, com 3.822. A indústria de transformação foi a segunda colocada, com um saldo de 3.301 postos. O comércio também registrou saldo positivo no período, com 2.097 vagas com carteira assinada. O pior resultado do mês foi o do setor da construção civil, onde foi registrado um saldo negativo de 411 empregos.
No primeiro trimestre, o setor de serviço foi o que mais gerou empregos no Estado, com 15.065 novas vagas e a indústria de transformação, com a geração de 9.300 vagas.