Quando estiver em pleno funcionamento, indústria também vai produzir leite longa vida e manteiga no Sudoeste, beneficiando até dois milhões de litros de leite por dia.

As máquinas já começaram a fazer a terraplenagem do terreno.
Foto: Alexandre Bággio/JdeB
Ontem, a Piracanjuba lançou a pedra fundamental da sua futura indústria em São Jorge D’Oeste. A fábrica vai se instalar num terreno de pouco mais de 48 hectares nas margens da PR 281 (próximo ao trevo de acesso ao município). Um evento marcou o início das obras na manhã de ontem, 21, e contou com a participação do governador Ratinho Júnior (PSD) e do diretor da empresa César Helou, além de diversas autoridades regionais e estaduais. A obra deve começar neste ano.
Helou lembrou a história da Piracanjuba no Paraná. “Começamos há alguns anos alugando instalações da cooperativa de Itapejara D’Oeste. Depois, procuramos área para construir e encontramos uma pequena indústria em Sulina. Ela processava 20 mil litros de leite, reformamos e hoje ela tem capacidade e está processando 150 mil litros por dia. Já, em menos de um ano, estamos praticamente no limite da capacidade e, com isso, vimos que precisávamos construir uma fábrica grande. Nós andamos bastante e fomos muito bem acolhidos aqui pelo prefeito Gilmar Paixão [PDT], pelos vereadores e pela população de São Jorge D’Oeste. O terreno aqui é maravilhoso”, disse.
O atraso no projeto trouxe novidades importantes, que foram destacadas. “A fábrica não era para ser a maior de queijo do Brasil, mas conforme fomos trabalhando no projeto, vimos que as empresas que crescem no mundo estão produzindo muito queijo e optamos em fazer uma fábrica maior, que será a maior do Brasil. O investimento inicial era projetado em R$ 80 milhões e agora estamos fechando orçamento, mas já sabemos que será muito maior. O cronograma demora um pouco porque depende de licenças, mas normalmente, depois de começar, uma indústria desse porte, devemos levar uns dois anos para concluir. Aí já gera emprego e recebe leite. Inicialmente, teríamos 300 empregos, mas também vai ter um acréscimo”, revelou o diretor da empresa.
O projeto
São Jorge D’Oeste terá a maior fábrica de queijo do Brasil e César Helou listou mais alguns detalhes da planta industrial. “Essa unidade não vai ser mais uma unidade do Laticínio Bela Vista, ela vai ser ‘a’ unidade de queijo. Ela terá duas torres de secagem para o soro, uma numa primeira fase, uma segunda posteriormente, ou seja, vai ser uma indústria muito completa. Vamos ter uma fábrica pequena de leite longa vida e uma fábrica de manteiga também. Então, de uma fábrica de queijo, criou uma potência de indústria. Será muito bacana e esperamos começar a obra neste ano. Enquanto se faz a terraplenagem estamos terminando os projetos para o licenciamento ambiental. Peço empenho de todos porque quanto antes sair as liberações, mais cedo começamos as obras”, resumiu.
No Paraná, a empresa conta com uma fábrica em Sulina e outras duas unidades de resfriamento de leite em Itapejara D’Oeste e Cascavel.