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Tudo começou com as redes sociais, em vídeos que acadêmicos realezenses do campus da UFFS (Universidade Federal da Fronteira Sul) fizeram, mostrando a precariedade do ônibus biarticulado que levava a turma para as aulas (são oito viagens por dia, movimentando cerca de 300 acadêmicos).
Isso chamou atenção da reportagem da TV Tarobá, que, numa matéria de mais de seis minutos, mostrou imagens do veículo e entrevistou as partes envolvidas — a galera, a motorista Emiliane Vasques, o diretor do campus, Antônio Marcos Myskiw, e o prefeito Milton Andreolli (PSDB).
Basicamente, o desejo expresso nas falas, e posteriormente em notas oficiais, é de que há disposição para o diálogo, a fim de resolver essa questão do transporte, porque desde quinta-feira, 4, a Prefeitura, por questão de segurança, interrompeu a “viagem” gratuita, deixando os estudantes a pé.
“Lamentamos muito, mas diante de relatos, manifestações e reclamações, faz-se saber que o ônibus em questão será retirado de circulação”, informa o texto assinado pelo prefeito Milton.
A nota do campus assinala que “a equipe diretiva do campus Realeza também dará todo o suporte à comunidade acadêmica, mediando o debate com o poder público municipal para buscar soluções para minimizar o impacto causado, pois considera que o transporte dos estudantes até a universidade é um serviço essencial, sendo necessária a continuidade do atendimento”.
O biarticulado é de 1990 — foi uma doação da Prefeitura de Curitiba para o município, na gestão de Eduardo Gaieviski (2004-12) —, e sua manutenção, aos 29 anos de vida, é dispendiosa para a administração municipal. Ressalte-se, ainda, que o município não tem obrigação legal nenhuma de transportar os acadêmicos.
Na entrevista para a Tarobá, o prefeito Milton sugere que uma saída para o impasse possa ser um novo transporte, mas com a cobrança “de uma taxa mínima” paga pelos estudantes.
O campus existe desde 2010 e, no total, acolhe cerca de 1.150 mil alunos de graduação e pós-graduação, além de 170 servidores, entre funcionários e professores.
Talvez hoje, ou no começo da semana que vem, as partes envolvidas devem se reunir para conversar.
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