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O Posto do Gordo é um popular ponto de encontro no centro do município do Verê e está completando 51 anos de história. O estabelecimento recebeu investimentos no último ano, remodelando sua fachada, com nova loja de conveniência e um café, onde as pessoas se reúnem para bate-papo e degustar o cardápio saboroso, tudo isso para melhorar o conforto e o atendimento aos clientes e amigos.
Adenir “Tucha” Tecchio, proprietário do Posto do Gordo, recorda que foi nos anos 60 que seu falecido pai (Alcides) e outro pioneiro, Luiz Francisco Paggi, montaram o primeiro posto de combustível do município, atual posto Planalto. Mais tarde a sociedade foi desfeita e Alcides resolveu investir em seu próprio negócio. “O pai vendeu para Homero Paggi, que era filho do seu Luiz Francisco Paggi, e a intenção era montar na cidade de Pato Branco, mas como já tinha um terreno e uma casa resolveu empreender aqui. Montou em junho de 69.”
Adenir recorda que o pai, na época, já tinha montado o posto com bandeira Ipiranga, parceria que permanece até hoje. “Na realidade, o pai na época, tinha um bar, para ter uma ideia, um bar e era taxista, e o Luiz Francisco Paggi, que era o primeiro prefeito, convidou o pai para ser parceiro no posto, depois pegou gosto, daí saiu o pai, aí fui eu, e agora tô com a minha filha também (Vanessa), mas o começo foi por causa da parceria. Deve ter sido em 64, 65.” Seu Alcides era natural de Guaporé, morou em Pato Branco e, por volta de 1957, estabeleceu moradia em Verê.
Adenir recorda que as cinco décadas da empresa foram marcadas por boas parcerias e amizades. “Esse ramo de combustível ficou difícil há pouco tempo, dez anos atrás, mas com a parceria com a agricultura era tão fácil de trabalhar porque tu vendia em carteira, não tinha boleto, se esperava de uma safra para outra, de um ano para outro, o combustível era tabelado, não tinha essa variação, mudava no máximo a cada seis meses, eu sou contra tabelamento de preço, mas hoje a dificuldade nossa é a variação de preço, antigamente tinha uma tabela, em seis meses ninguém mexia nesse preço, hoje está difícil e tem muita concorrência desleal e muitas vezes com combustível de má qualidade.”
Ele cita o exemplo da Ipiranga, segundo o qual, empresa que prima pela qualidade do combustível e mantém um rigoroso controle de qualidade do produto vendido ao consumidor. Tudo com investimento, pesquisa, desenvolvimento e aplicação de alta tecnologia.
“Eu por exemplo, se não for posto bandeirado eu não abasteço. A Ipiranga tem um carro laboratório, que vem aqui colher o produto e faz análise da qualidade do combustível”, salienta.
O posto tinha recebido uma reforma em 1993 e agora, ao completar 50 anos, fez um importante investimento na remodelação do prédio. Segundo ele, a ideia foi melhorar o atendimento ao cliente.
“Antigamente se tinha o cliente que era fidelizado pela amizade, hoje não, hoje, o cliente vem até você e tem que ter um café bom, um lanche bom, tem que ter um banheiro ótimo e um visual agradável, foi feito essa reforma por causa disso, pensando no cliente, tem que dar qualidade para o cliente” Cerca de 95% dos clientes do Posto do Gordo são do Verê, principalmente ligados ao agronegócio. “Eu tenho clientes que abastecem há 50 anos comigo.”
