Eles querem saber os reais motivos para que a obra esteja paralisada.
A prefeita de Capanema Lindamir Denardin (PSDB) e o prefeito de Capitão Leônidas Marques Ivar Barea (PDT) deram início nesta semana a uma cruzada em busca de informações que esclareçam quais são os verdadeiros motivos da paralisação da construção da Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu e quando a obra será retomada.
A primeira reunião ocorreu na sede do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu em Capanema onde participaram de uma reunião com o diretor administrativo e financeiro do empreendimento Newton Gomes Rocha Júnior. “Compreendemos a situação em que estão os prefeitos e os municípios envolvido e o interesse do Consórcio empreendedor é de que a obra seja retomada o mais breve possível, por isso encaminharemos as solicitações à diretoria da empresa para que possamos trazer as informações solicitadas”, disse Newton.
“Os trabalhadores que agora estão desempregados, os empresários que fizeram investimentos em virtude da obra, os agricultores que terão suas propriedades atingidas, enfim, toda a população nos cobra diariamente informações sobre a retomada das obras. Por isso precisamos de informações claras. O problema é ambiental? É Falta de recursos? É político?, queremos respostas, pois a Justiça já liberou a retomada do empreendimento, o IAP já concedeu a licença ambiental, então o que está faltando?”, indagou a prefeita Lindamir Denardin.
“Os municípios, especialmente de Capanema e Capitão Leônidas Marques estão arcando com as consequências da paralisação da obra, a nossa média de gastos com a saúde girava em torno de 18% agora estamos ultrapassando 25% porque as pessoas que trabalhavam na obra tinham plano de saúde, agora não tem mais, estão desempregados e o seguro desemprego acabou, os alunos continuam matriculados e as salas de aulas que eram para ser construídas nem iniciaram. Na assistência social, a demanda aumenta a cada dia, enfim todos os serviços públicos dos municípios estão sobrecarregados e não temos as contrapartidas prometidas”, afirmou o prefeito Ivar Barea.
Conforme os prefeitos, o próximo passo é o agendamento de reuniões com os sócios do empreendimento Neoenergia e Copel. “Vamos a Curitiba e, se preciso for, ao Rio de Janeiro e a Brasília pois chegamos ao nosso limite, queremos uma definição”, finalizou Lindamir Denardin.