11.9 C
Francisco Beltrão
segunda-feira, 09 de junho de 2025

Edição 8.222

10/06/2025

Prefeitos do Sudoeste reforçam manutenção das zonas eleitorais e lançam manifesto

Mais um passo na luta contra a mudança sugerida pelo Tribunal Superior Eleitoral.

 

Em primeiro plano, na assembleia da Amsop, da esquerda para a direita, prefeitos Paulo Horn (Sulina),
Agilberto Perin (Itapejara D´Oeste), Nilson Faversini (Bom Sucesso do Sul) e Elídio de Moraes (Mangueirinha).
Foto: Badger Vicari/JdeB

 

A assembleia da Amsop de ontem reforçou a luta pela manutenção das zonas eleitorais do Sudoeste. Um manifesto nesse sentido será encaminhado ao TRE e ao TSE. A mobilização regional tem sido ininterrupta.
“Uma mudança nisso é uma palhaçada, parece que querem desviar a atenção; o País deveria debater reformas necessárias, debater a saúde e os problemas dos município com a falta de verba; a educação, o transporte… e não gastar energia se mobilizando contra a tentativa de mudança no que está dando certo”, disse o prefeito de Francisco Beltrão, Cleber Fontana (PSDB), bastante irritado com a decisão do TSE de querer extinguir zonas eleitoras.
O presidente da Amsop, prefeito de Coronel Vivida Frank Schiavini (PMDB), também estava brabo, e ironizou: “a economia que o TSE diz fazer com essa resolução é de R$ 13 milhões [menos de 0,5% do orçamento da Justiça Eleitoral], e, vejam, o mesmo valor foi prometido pelo Governo Federal para o carnaval do Rio de Janeiro; é uma palhaçada”.
A resolução do TSE prevê o fechamento de 80 zonas eleitorais  no Paraná (que tem 200). O risco maior de fechamento no Sudoeste atingiria Barracão, Chopinzinho, Mangueirinha, Salto do Lontra e Santo Antônio do Sudoeste.
“Seria um desserviço à democracia, à população”, resumiu a juíza eleitoral de Dois Vizinhos, Micheli Franzoni, presente no encontro. Ela comanda a 115ª zona eleitoral, que congrega também Cruzeiro do Iguaçu, Boa Esperança do Iguaçu e Verê.
Ela disse que se for tudo isso confirmado ainda não se sabe o desdobramento prático, mas certamente muitos municípios serão incorporados a outros, que manterão a mesma estrutura para um universo maior de eleitores.
“E isso vai prejudicar o atendimento”, previu Micheli. No entanto, ela acredita que se a mobilização continuar, seja no Paraná – “que largou na frente nesse sentido”, sublinhou – e no Brasil, há chance de a resolução não ser aprovada. Ou ser postergada. Ou ter mudanças.
“Se extinguirem em capitais, tudo bem, para a população está na mesma cidade, mas para uma região como o Sudoeste, a mudança acarreta  muitos problemas, o eleitor ter de ir a outro Município mais distante”, analisou.

- Publicidade -

 

Mobilização pode alterar resolução
As lideranças acreditam que toda mobilização que está sendo feita, inclusive com o envolvimento da Amsop e AMP, em conjunto com prefeitos, vereadores e juízes, o próprio TRE do Paraná, a decisão do TSE, que considera critérios demográficos para a extinção das zonas eleitorais, pode ser revisto e todas as estruturas mantidas.
“Uma série de instituições estão envolvidas na mobilização para que as atuais estruturas sejam mantidas e continuem existindo, principalmente a Amsop. Ainda estamos debatendo isso e acreditamos que essa discussão seja superada, tendo em vista que o modelo proposto pelo TSE prejudica o sistema democrático”, disse o prefeito de Coronel Vivida e presidente da Amsop, Frank Schiavini (PMDB).
Frank também destacou os cerca de 25 prefeitos presentes no encontro, revelando comprometimento dos chefes de executivo com as pautas regionais da entidade.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Destaques