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Os brinquedos instalados no Calçadão de Francisco Beltrão, motivo de polêmica nos últimos dias, foram desmontados. Eles fariam parte dos atrativos do Natal, mas surgiram críticas, pois os brinquedos seriam um chamariz num momento em que os casos de Covid-19 estão em alta na região.
A empresa que instalou os equipamentos é de Cascavel. Inicialmente o funcionamento estava previsto para o período de 4 a 27 de dezembro. Porém, com a edição do Decreto 6294/2020, do Governo do Estado, que, dentre outras determinações, proíbe confraternizações e eventos presenciais com mais de dez pessoas.
Vilmar Mazzeto, secretário de Cultura, informou que a Prefeitura não teve custo nenhum com o parque, pois a empresa obteria lucro explorando a cobrança de ingressos. Todos os brinquedos – minhocão, montanha russa e roda gigante – foram retirados em virtude do agravamento da pandemia de coronavírus.
“Pra manter os brinquedos ali ele (proprietário) tem que manter funcionários, o que gera um grande gasto. A roda gigante, por exemplo, era de outro parque, alugada, lá da Bahia, e teria que devolver dia 27 de dezembro. Então, seriam pouquíssimos dias de funcionamento e ainda sem a certeza de que o governador do Paraná ampliará ou não o decreto (que prevê restrição de circulação de pessoas).”
A decoração natalina permanece na praça central e as apresentações culturais também tiveram o contrato suspenso.
A Associação Empresarial de Francisco Beltrão (Acefb) divulgou uma nota ontem, à tarde, esclarecendo que “a entidade não tem nenhuma relação com a instalação de equipamentos alusivos ao Natal na praça central Eduardo Virmond Suplicy”.
“A Prefeitura só cede o espaço e coloca energia à disposição. Eles montam, eles exploram os brinquedos, esse ano seriam R$ 5”, esclareceu Mazzeto. Segundo ele, em troca do espaço, os proprietários permitiam que os alunos da rede municipal andassem nos brinquedos de graça durante o dia. “Todas as escolas eram levadas. Então, era uma grande atração para as crianças.”