Encontro aconteceu na quinta-feira, 28, na sala de reuniões da Prefeitura de Nova Prata do Iguaçu. Projeto busca melhorar a qualidade do leite na região.
O Projeto Leite Sudoeste, da Emater e da Seab, em parceria com as prefeituras de toda a região Sudoeste, começou a sair do papel. Na microrregião de Dois Vizinhos, as sete propriedades referência já foram escolhidas nos sete municípios. A capacitação dos técnicos das prefeituras também já aconteceu e agora começa a parte prática, em que os produtores e técnicos iniciam o trabalho buscando melhorar a qualidade do leite.
As unidades de referência foram escolhidas pelos conselhos municipais de agricultura em parceria com as entidades organizadoras do projeto. Na última quinta- feira, 28, se reuniram os 14 produtores de Nova Prata e Boa Esperança do Iguaçu com representantes da Seab, Emater e prefeituras.
O bom andamento do trabalho, até então, foi elogiado. “É nesse ponto que a gente começa a perceber que vamos ter resultado e chegar em algum lugar. Tivemos algumas situações que os produtores não foram para as reuniões e vocês deixaram seus compromissos para estar aqui hoje. Vamos ter um bate-papo interessante sobre o Leite Sudoeste, destacando o nosso papel, o de vocês, dos produtores, dos técnicos, da Seab, da Emater e das secretarias municipais para termos o devido sucesso. Esse é o momento de conversar, tirar dúvidas e fazer o encaminhamento necessário para o bom andamento do projeto”, disse Rafael Cavalheri, técnico da Emater de Nova Prata do Iguaçu que está coordenando a parte técnica do projeto na microrregião.
Armando Figueiredo, secretário de Agricultura de Nova Prata do Iguaçu, falou sobre a importância do projeto para o município. “É uma satisfação e já agradeço vocês pelo trabalho que estão proporcionando no nosso município. É um projeto que vem ao encontro da necessidade do nosso produtor, para melhorar ainda mais a nossa produção de leite. Eu estou bem confiante que, das propriedades referência, vamos expandir para todas as propriedades”, estimou.
Valmor Tessaro, diretor do Departamento de Agricultura de Boa Esperança do Iguaçu, também falou sobre a importância do Leite Sudoeste para o seu município. “Boa Esperança é um município onde 70% das propriedades trabalham com leite. Nós queremos chamar mais agricultores para essas sete propriedades e mostrar que, com bastante trabalho e determinação, conseguimos desenvolver um bom trabalho”, completa.
Vinícius Coletti, chefe regional da Seab, relatou que os municípios sempre buscam auxílio para melhorar a cadeia produtiva do leite. “Nós, como Seab, historicamente, recebemos muitos pedidos para o leite e, geralmente, isso ficava em algum equipamento que supre uma necessidade e não ajuda a desenvolver. Agora, estamos buscando trabalhar a base da produção. Nesse projeto, todo mundo tem que fazer a sua parte: o produtor na sua casa, os técnicos da Emater acompanhando, os técnicos da prefeitura e os prefeitos para fazermos a diferença e melhorarmos a qualidade do leite”, disse.
O objetivo, no futuro, é beneficiar mais produtores. “Já somos a maior bacia produtora do Paraná, mas estamos com o melhor leite? De que forma podemos ter essa melhor qualidade, livre das doenças que afetam o rebanho? Estamos um degrau acima, adiantados e não podemos parar por aqui, temos uma proposta contínua e precisamos cumprir nossas etapas”, completa.
Valdir Koch, chefe do escritório regional da Emater, destacou a importância do trabalho dos produtores para o êxito do projeto. “Vocês são unidades de referência e nós queremos que vocês sejam referência. Isso pesa e dá para vocês caírem fora. Já teve gente que abandonou nossa canoa porque acha que não tem pique para fazer o que a gente precisa. Vocês vão ser referência pros vizinhos, para outros municípios e esse projeto, no nível de Brasil, tá sendo referência para o Ministério da Agricultura”, destacou.
Mesmo em fase inicial, o Leite Sudoeste já é reconhecido em todo o Paraná. “O Rafael já foi premiado, em Curitiba, com esse projeto do Leite Sudoeste que ainda está começando. Nós vamos cobrar muito dos técnicos e, se eles não fizerem o que a gente está pensando, as outras etapas não vão vir”, alertou.
