Regional

Propriedade rural beneficiada pelo projeto.
Foto: Assessoria de Imprensa
Com o objetivo de proporcionar uma nova fonte de renda para os agricultores familiares e produzir alimento de qualidade, a administração municipal de Verê em parceria com o Capa (Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia) e apoio da Cresol, lançou o projeto Frango Caipira Verê. “Fomos procurados pelo Capa para implantar esse projeto em nosso município e por meio da Secretaria de Agricultura estamos dando todo apoio, porque acreditamos que será um passo importante para ampliar a renda dos agricultores familiares, para que tenham condições de permanecer no campo, com qualidade de vida”, afirma o prefeito Ademilso Rosin (PSDB).
Após pesquisa de mercados, elaboração de documentação para cadastro dos produtores rurais na Adapar (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), análise de viabilidade, o projeto está sendo implantado com sete produtores rurais que aceitaram a ideia de ajustar a propriedade para participar do projeto. E nesta semana foi alojado o primeiro lote com cerca de 250 pintainhos para cada um destes agricultores.
“Uma das vantagens é que o agricultor pode aproveitar uma área da propriedade que não usava, ou que era pouco utilizada e ter uma nova fonte de renda. Para tanto, destina uma área pequena para os piquetes (pastagem) e o aviário de acordo com as normas de biossegurança”, informa Douglas Kleiton Barbosa, zootecnista e assessor agrícola do Capa.
Criações caipiras
O frango caipira de Verê tem uma característica diferente que é o semiconfinamento. “Esses frangos ficam no primeiro momento confinados no aviário e, após isso, saem para o pastejo. Quem conhece a carne de frango caipira sabe que tem sabor diferente. Além de um valor agregado maior, com uma qualidade superior. Por conta do pastejo, apresentam mais ácidos graxos polisaturados e ômega 3 que fazem muito bem para a saúde humana, especialmente crianças, mulheres grávidas e idosos”, afirma Douglas.
O manejo e cuidado destes frangos é muito fácil por conta da quantidade de aves e da forma como são acondicionados, o que permite que qualquer membro da família possa fazer o trabalho. “Os pintainhos foram alojados com 25 dias e dentro de dez dias já saem para o pastejo. O que diminui o custo com ração e deixa o animal livre para expressar o comportamento, ciscar, bater asas ativando o seu sistema imunológico o que diminui o uso de medicamentos. Caso seja necessária a intervenção de medicamentos, nesse projeto iremos utilizar fitoterápicos e homeopáticos”, acrescenta o técnico.
João Carlos Dalpra, agricultor e beneficiário do projeto, está contente com o início da criação. “Estamos muito empolgados com esse projeto, porque vai trazer uma renda extra para nós que temos uma pequena propriedade rural. Não dá muito trabalho o que é bom para que qualquer um da família possa fazer o manejo”.
Venda da produção
Os frangos caipiras do projeto vão para abate após 100 dias, para garantir uma carne de alta qualidade. “No momento, temos a possibilidade de venda para um frigorífico de Foz do Iguaçu que tem interesse na compra destes frangos. Porém, o objetivo é ampliar o projeto e cadastrar novas famílias e futuramente incentivar o abate local destas aves e fornecer para a alimentação escolar, venda na loja da cooperativa (Coopervereda) e mercados locais de Verê”, completou Douglas.