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Francisco Beltrão
quinta-feira, 12 de junho de 2025

Edição 8.224

12/06/2025

Propriedades rurais buscam a certificação orgânica

Propriedades rurais buscam a certificação orgânica

A primeira inspeção do Instituto Biodinâmico (IBD) a 13 propriedades rurais de Pato Branco que estão produzindo alimentos orgânicos aconteceu nos dias 12 e 13 de julho. A vistoria aconteceu nos imóveis de produtores participantes do curso com a metodologia para a promoção de agricultura orgânica, promovido pela Prefeitura Municipal, Sebrae/PR, Emater, Sindicato Rural e Fórum de Desenvolvimento Municipal e que agora, buscam a certificação da produção. A certificação orgânica é um caminho para agregar valor à produção dos pequenos e também conscientizar a sociedade para a importância do trabalho realizado pelos agricultores da região Sudoeste do Paraná.
A engenheira agrônoma da Secretaria Municipal de Agricultura, Vanessa Casiraghi, explica que a  sustentabilidade das pequenas propriedades é um dos benefícios direto para os agricultores que estão fazendo a conversão da agricultura tradicional para o método orgânico. Para Vanessa, o trabalho realizado deverá reduzir o prazo para certificação das propriedades e os resultados já são perceptíveis. ?Eles conseguiram aumentar sua renda porque diminui o uso de insumos químicos e o produto tem uma boa aceitação no mercado local?, salienta Vanessa. Em Pato Branco, a produção orgânica envolve o cultivo de verduras, grãos, frutas e frango diferenciado.
A partir desta primeira inspeção, inicia-se um processo de investigação das condições ambientais e sanitárias do estabelecimento em questão. Os inspetores do IBD farão visitas regulares à propriedade, orientando e fiscalizando todo o processo. O técnico da empresa contratada pelo Sebrae/PR para trabalhar a conversão nas propriedades, Dimorvam Santos, explica que a maioria das propriedades que faz o manejo orgânico já possui condições de obter a certificação.  ?Vamos buscar uma redução de prazos para a certificação junto ao IBD, através de históricos comprovando a prática da agricultura orgânica?, projeta Dimorvam.
O acompanhamento dos técnicos há mais de dois anos nas propriedades, a capacitação dos agricultores, análise de solos, fotos e documentos podem ser considerados provas de apoio para a conquista da certificação. Dimorvam explica que o histórico para a olericultura, por exemplo, exige seis meses de cultivo livre de agrotóxicos. ?Nossos agricultores há mais de ano não utilizam estes produtos e temos como comprovar isso?, adianta.
A certificação de orgânicos é um método que fiscaliza a produção e o processamento de alimentos segundo as normas e práticas de produção orgânica. Isso garante ao consumidor a sua origem isenta de contaminação química, respeitando o meio ambiente e assegurando ao agricultor um diferencial de mercado para a sua produção. O agrônomo e inspetor do IBD, Nardel Luiz Soares da Silva, diz que o trabalho de conversão está organizado em Pato Branco devido ao processo de capacitação desenvolvido pelas entidades que apóiam o projeto. ?Tenho visto propriedades dentro de um  nível orgânico bem avançado. É a primeira inspeção que faço e pude constatar um trabalho positivo?, analisa. Sobre os prazos para que os produtos recebam o selo de orgânicos, Nardel detalha que as áreas que nunca utilizaram produtos proibidos podem ser consideradas orgânicas já a partir da primeira inspeção, desde que isso seja comprovado através de documentos e laudos técnicos. Nos casos onde a produção era convencional, a transição exige, normalmente, de dois a três anos.
Depois de certificada, a propriedade pode vender seus produtos com um selo de qualidade que leva a marca da associação dos agricultores e do IBD, que hoje certifica mais de 1.300 projetos no Brasil, Argentina e Bolívia. O Certificado do IBD é aceito nos Estados Unidos, Canadá, Europa e Japão. Anualmente, o IBD refaz a inspeção das propriedades que recebem o selo de certificação. 
Associativismo
Através de uma associação, os produtores rurais envolvidos no processo economizam nos custos com a certificação. Como estão a solicitando através de uma associação, o trabalho custa, em média, até R$ 150,00 por agricultor.

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