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Francisco Beltrão
sábado, 07 de junho de 2025

Edição 8.221

07/06/2025

Quando ficam sabendo da notícia

Regional

Anieli Camargo Kurpel, o filho Davi Lucas e Luis Fernando Araujo ansiosos pela chegada dos quíntuplos.

Por Luis Fernando Araújo
No final de 2018, já estávamos planejando ter um filho. No mês de abril, minha esposa começou a sentir algumas dores que não eram normais, então pensamos que fosse a gravidez e fizemos o teste de sangue, que deu negativo. Chegou o dia de vir a menstruação e não desceu, o que nos deixou esperançosos. Resolvemos então fazer outro exame de sangue, para tirarmos de vez a dúvida, afinal queríamos muito.

Fizemos novamente o teste, apareceu positivo, para nossa felicidade. No dia seguinte, procuramos um posto de saúde para consultar com o ginecologista. Na primeira consulta ele confirmou a gravidez, marcamos o ultrassom para o mesmo dia, pois as dores eram intensas. O ultrassom foi feito no dia 14 de março de 2019, minutos depois recebemos a triste notícia que não seria uma gravidez e, sim, um cisto no ovário. Segundo o médico, as dores e os sintomas seriam muito idênticas às de uma gravidez. Neste momento, ficamos abalados.

O médico receitou remédios para ajudar a descer a menstruação e acalmar as dores, também perguntou como ela conseguia caminhar, ir ao trabalho, pois era um cisto muito grande, o que ocasionava muitas dores. Ela ganhou um atestado para ficar em repouso por quatro dias. Também orientou a monitorar com exame beta HCG quantitativo para afastar uma possível gravidez ectópica.

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Dispensada do trabalho
Após ficar em repouso, como foi descrito no atestado médico, ela retornou ao trabalho na segunda-feira (18). Relatou ao seu patrão o ocorrido, disse que estava com cistos e precisou ficar em repouso absoluto, contou do exame beta que deu positivo. O chefe ignorou os fatos e a dispensou do trabalho, justo em um momento em que mais precisávamos, pois o gasto com exames e remédios foi alto. Ficamos arrasados, mesmo assim não perdemos a esperança.

Ninguém tirava do coração de Anieli que realmente estava grávida, por isso não tomou os remédios e preferiu esperar mais um pouco, aguentando firme a dor. Vários exames foram realizados por semanas, a cada período uma surpresa, pois os resultados eram positivos. No dia 25 de março de 2019 foi realizado um novo ultrassom, nesta época as dores e sintomas de gravidez aumentavam e, para mais uma decepção, neste ultrassom apareceram somente vários cistos pequenos no útero. Segundo o médico, poderia ser uma gravidez, mas de poucas semanas e por isso poderia não aparecer o saco gestacional.

No dia 1º de abril, resolvemos voltar ao posto de saúde porque ela não estava se sentindo bem, então consultamos com uma nova ginecologista que na mesma hora nos falou que poderia ser uma gravidez molar, o que é muito grave e precisaria ser feito um procedimento de curetagem e retirada do ovário esquerdo. Encaminhou-nos para um especialista que, segundo ela, iria fazer o procedimento. O médico Tiago C. Wainberg nos atendeu e tratou de nos acalmar. Falou que precisávamos ficar calmos, pois ele não via a necessidade de fazer o procedimento e falou que ela estava grávida, só precisávamos achar onde estava este bebê.

O médico jamais tinha visto algo assim
Nesta correria de exames, ultrassom e remédios, mais um foi marcado para quatro dias depois da última consulta. Quando chegou a data, próximo das 8h10, ela deu entrada na sala para realizar a ultrassom e, por incrível que pareça, bem na hora começou uma chuva muito forte e lembrei que havíamos deixado as janelas abertas, então saí da sala de espera e fui para casa fechar as janelas. Enquanto isso, minha esposa começou a fazer o exame. Anieli viu no semblante do médico um espanto, mas ao mesmo tempo emoção, pois segundo ele jamais tinha visto algo assim.

Sem entender nada e o doutor perguntando a ela onde estava o marido, pois ele precisava dar uma notícia. Quando retornei ao hospital e cheguei à sala levei um susto vendo a reação do médico, mas ao mesmo tempo fiquei um pouco mais tranquilo, pois ele falou “entra, pai, preciso dar uma notícia”.

Falou para a enfermeira chamar todo mundo, seria a última vez que veriam uma cena daquelas e então ele nos deu a feliz notícia, que Aniele carregava mais cinco corações batendo, todos saudáveis e fortes. Ficamos em choque na hora, mas ao mesmo tempo agradecemos a Deus. Anieli já tem um filho com seis, do primeiro casamento, o qual amo muito, é meu grande filho e amigo. Mas para mim seria a primeira experiência como pai. Quando contamos a nossa família e amigos a notícia, ninguém acreditava, demorou a cair a ficha. Para nós está sendo uma experiência maravilhosa, estamos ansiosos para a chegada desses cinco anjinhos.

Texto publicado no site https://www.maede5.com.br.

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